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Na última quinta-feira, 28, ocorreu o lançamento do Cicatribio VET na Câmara Municipal de Alagoinhas. O produto está sendo comercializado pela Cicatribio Cosméticos e Biofármacos, empresa com foco na sustentabilidade e inovação, que nasceu no IF Baiano – Campus Catu através da iniciativa de um aluno de nível médio em pesquisar o potencial do látex da mangaba para a cicatrização de feridas.

Após várias fases de pesquisa e testes, o Cicatribio VET chega às prateleiras de lojas de produtos para animais. No evento de lançamento, a equipe atual de pesquisadores do Cicatribio apresentou o produto e seus resultados para políticos da cidade de Alagoinhas, como o prefeito Joaquim Belarmino Cardoso Neto e alguns vereadores; comerciantes da área médica; e demais cidadãos presentes.  Estiveram presentes na cerimônia o reitor, Aécio José Duarte, a pró-reitora de Desenvolvimento Institucional do IF Baiano, Hildonice Batista, e Jaqueline Vieira, servidora que atua no NIT (Núcleo de Inovação Tecnológica). 

O gel-creme cicatrizante foi produzido pelo projeto “Produção de uma pomada cicatrizante para tratamento de ferimentos cutâneos”, orientado pelos professores Saulo Capim e André Rezende, que reúne conhecimentos tradicionais, interdisciplinaridade, inteligência artificial e Web 4.0. O projeto já recebeu diversos prêmios em eventos nacionais e internacionais. 

Para o reitor, Aécio José Duarte, o momento representou a culminância do fazer educação pública de qualidade no Brasil, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas. Ele atribui a primeira transferência de tecnologia do Instituto Federal Baiano às pessoas que fazem o Instituto e à interação entre as práticas do Instituto com a comunidade. “Um produto que foi pensado, prospectado e idealizado dentro da sala de aula através da interação de alunos e professores, e trazendo um aspecto transformador, que é trazer um produto da biodiversidade, da flora regional, trazendo um benefício imenso para toda a população, ou seja, verdadeiramente aplicar o recurso público em prol do bem, em prol da comunidade, em prol da sociedade e transformar a vida de professores e alunos que tenham oportunidade de participar de um projeto como esse”, afirma o reitor.

O professor Saulo Capim explica como desperta em seus alunos o interesse pela pesquisa através de perguntas e respostas a problemas reais: “Eu costumo dizer que a forma que eu trabalho com os alunos na sala de aula é pensar em um pilar, que precisa ser um problema real, precisa ser algo sustentável e precisa ter um amparo empreendedor”.

De acordo com o professor André Rezende, a pesquisa entra agora em um novo ciclo que é o de desenvolver novos produtos para PETs e levar o gel cicatrizante para humanos para o mercado. “Na linha veterinária, a nossa intenção agora é trabalhar com a parte de biocosméticos, como shampoos hidratantes ligados obviamente à biodiversidade brasileira. Na área de seres humanos a gente pretende, se tudo der certo, até o final de 2024 lançar o primeiro gel cicatrizante à base da mangaba para seres humanos e a partir disso também começar um processo de biocosméticos para seres humanos”, explica.

Ana Luíza Souza é uma das estudantes que compõe a equipe de pesquisadores, ela começou a atuar como pesquisadora durante o curso Técnico em Alimentos no IF – Campus Catu e, agora, como aluna do curso superior em Química do campus segue contribuindo com seu orientador, Saulo Capim, no Cicatribio. “Desde o ensino médio eu sempre ganho a oportunidade no IF de explorar a minha potencialidade, tanto eu como outros colegas e amigos, e eu acho que os Institutos Federais são uma mola propulsora para a ciência e a tecnologia do país, como por exemplo, hoje o Cicatribio que partiu de uma ideia de um jovem cientista, de uma observação no seu dia a dia, no cotidiano, na sua comunidade e hoje se torna um produto que tem a perspectiva de inovar, também na área da sustentabilidade, na cicatrização de feridas”, conclui a aluna.

Confira as tags desta publicação:

• Cicatribio
• Inovação
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