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IF Baiano lança nova Política para promoção da Equidade, Diversidade e Inclusão
Atualizado em 18 de fevereiro de 2025 às 14h13 | Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 12h43

Construção da Política de Equidade, Diversidade e Inclusão do IF Baiano (PEDI) contou com ampla contribuição da comunidade acadêmica

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Um marco na institucionalização das políticas afirmativas no Instituto Federal Baiano: está em vigor a nova Política de Equidade, Diversidade e Inclusão do IF Baiano (PEDI).

Aprovado em dezembro de 2024 pelo Conselho Superior do IF Baiano (Consup), por meio da Resolução nº 389/2024, o documento substitui a antiga Política de Diversidade e Inclusão do IF Baiano, vigente desde 2012, trazendo atualizações e ampliando as diretrizes institucionais para a promoção da equidade, inclusão e para o enfrentamento das desigualdades estruturais no contexto institucional.

“A Política é fundamental para consolidar a equidade como princípio orientador das práticas institucionais, garantindo que os estudantes tenham acesso a um ambiente de ensino mais inclusivo e comprometido com a equidade”, afirma a coordenadora de Políticas de Ações Afirmativas, Equidade e Diversidade do IF Baiano (CPAAED), Rafaela Magalhães. Segundo ela, o documento é simbólico não só para o IF Baiano, mas também para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, devido ao seu caráter inovador. 

Entre as novidades da PEDI, destacam-se o seu processo de construção amplamente participativo, a incorporação de novos eixos temáticos relacionados à diversidade e inclusão, mudanças na distribuição dos recursos financeiros e a criação de núcleos e comitês para impulsionar as ações da Política.

Construção da PEDI envolveu toda a comunidade acadêmica

O processo de construção e aprovação das novas diretrizes ocorreu ao longo dos últimos três anos, iniciado com a formalização de uma comissão de revisão da antiga Política, em dezembro de 2022. Durante esse tempo, o grupo promoveu diversas ações de letramento e envolvimento da comunidade do IF Baiano sobre as políticas afirmativas. Entre essas ações, destacam-se a realização de uma consulta pública na plataforma Opina, para recebimento de contribuições à minuta da nova Política, e de visitas a todos os campi e reitoria, onde foram promovidas rodas de conversa e debates sobre o tema.

Outra iniciativa essencial no processo foi a participação da comissão no Conselho de Dirigentes, ocasião em que foram realizadas abordagens práticas, como oficinas vivenciais, para debater as temáticas. “Esse processo foi essencial para sensibilizar as lideranças sobre a importância não apenas da Política em si, mas também de sua implementação”, explica a presidente da comissão de revisão da Política, Iara Colina.

O processo de escuta em diferentes instâncias e contextos resultou na revisão e na incorporação de novas diretrizes, atendendo às necessidades atuais da comunidade. Colina destaca como exemplo, a inclusão do tema da neurodiversidade, uma demanda que emergiu das contribuições da comunidade. “Na época da Política antiga, de 2012, esse tema ainda não era amplamente debatido, e só agora conseguimos incluí-lo”, lembra.

Nova Política buscou definir diretrizes para atender as demandas atuais apresentadas pela comunidade do IF Baiano

Maior orçamento para as ações está entre as novidades da PEDI

Entre as principais mudanças, está o aumento do orçamento destinado às ações da Política. O documento atual prevê que o IF Baiano destinará, anualmente, o mínimo 5% do orçamento institucional para a implementação e manutenção da PEDI, dividido de forma equitativa entre os campi e a reitoria. Antes, esse percentual era de 2% e variava conforme o orçamento de cada campus. “Os campi menores, que já tinham menos recursos, acabavam recebendo uma verba significativamente menor. Esse foi um ponto muito discutido durante a participação da comunidade, e conseguimos alterar a regra, que foi aprovada”, explica Colina, que complementa: “É importante que a comunidade saiba disso para poder se organizar e executar esses recursos da melhor forma.”

A nova Política também propõe a criação de novos núcleos e comitês dedicados a implementação e monitoramento das ações, além do fortalecimento de setores e grupos já existentes, como o NEABI, NAPNE e GENI, garantindo mais suporte institucional para as iniciativas. Dentre as novidades, está prevista a criação do Comitê Central de Equidade, Diversidade e Inclusão, subordinado ao gabinete da reitoria, que será responsável por promover estratégias de fortalecimento da PEDI. O comitê será presidido pela Coordenação de Políticas de Equidade, Diversidade e Inclusão (CPAAED).

Outro ponto inovador é a implantação gradual do Núcleo de Educação para a Sustentabilidade do Campo (NESC) nos campi, uma iniciativa que também surgiu a partir das contribuições da comunidade. “Isto se alinha muito com a vocação do IF Baiano. É um núcleo voltado para a interculturalidade e diálogo dos saberes. Então, tem a ver com as populações ribeirinhas, quilombolas, pescadores, camponeses extrativistas, reforma agrária, e com os trabalhadores rurais”, explica Colina. 

Expectativas e próximos passos

Entre os impactos esperados com a implementação da PEDI, destaca-se a melhoria da integração das políticas afirmativas ao cotidiano institucional, garantindo acesso, permanência e êxito de grupos historicamente marginalizados. “A criação de novos eixos temáticos fortalece a estrutura da Política, permitindo um monitoramento mais eficiente das ações desenvolvidas. Além disso, a ampliação do financiamento para iniciativas alinhadas aos objetivos da PEDI e a implementação de mecanismos de avaliação periódica contribuirão para a expansão e o fortalecimento das ações afirmativas no IF Baiano”, destaca coordenadora da CPAAED, Rafaela Magalhães.

A expectativa é que as novas diretrizes e o fortalecimento das ações já existentes gerem impactos não apenas dentro da instituição, mas também para a comunidade externa. “A PEDI também tem um impacto positivo ao formar profissionais mais conscientes das questões sociais e ao contribuir para o combate às desigualdades por meio da educação. Além disso, há a possibilidade de participação em atividades de formação, que podem – e devem – ser abertas a toda a comunidade”, afirma a coordenadora.

A aprovação da PEDI representa um passo importante na construção de um instituto mais equânime e inclusivo, mas que precisa seguir unindo esforços para que as ações propostas sejam efetivadas. “Os estudantes podem contribuir participando dos núcleos de diversidade, envolvendo-se nos debates e propondo ações em seus campi. Já os servidores podem atuar como agentes multiplicadores das diretrizes da Política, promovendo atividades formativas e garantindo a implementação das ações previstas”, informa Magalhães.

Atividades formativas já começam a ocorrer na instituição. A Jornada Pedagógica do Campus Xique-xique foi o primeiro evento do ano a incluir discussões sobre a nova Política, além de promover oficinas sobre práticas pedagógicas inclusivas no contexto da Educação Profissional. O presidente da comissão organizadora do evento, Rubenildo de Souza, lembra que a agenda da inclusão está presente na proposta pedagógica institucional, mas que é preciso compromisso de todos para sua efetivação. “É preciso compreender o que isso envolve sermos flexíveis para fazer o que é preciso. Incluir é acolher, nesse sentido, abordar temas como diversidade e inclusão é fortalecer o compromisso com a justiça social que está na essência da proposta de atuação do Instituto”, destacou.

Ao longo do ano, a CPAAED prevê realizar, além de atividades presenciais, ações de divulgação em canais digitais, por meio de reportagens, publicações nas redes sociais e envio de e-mails como o “Notas Diversas” e o “Você sabia?”, com o objetivo de disseminar o conteúdo da Política.

Conheça em detalhes a Política de Equidade, Diversidade e Inclusão do IF Baiano (PEDI)

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