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Estudantes registram sistemas inovadores criados como propostas de TCC
Atualizado em 12 de dezembro de 2023 às 14h20 | Publicado em 12 de dezembro de 2023 às 14h20
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Quatro web sistemas, criados por estudantes do Campus Guanambi como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), foram registrados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Os estudantes conseguiram criar soluções inovadoras nas áreas de saúde, educação e análise de dados ao realizar o trabalho final para conclusão do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Algumas dessas iniciativas partiram de inquietações do orientador, outras dos próprios estudantes.

Com o registro no INPI, eles regularizam a criação para implementá-la através de venda ou concessão a instituições públicas ou privadas. Conheça as soluções:

Saúde Tech

Só quem já tomou aquele popularmente conhecido como “chá de cadeira” na sala de espera para um atendimento médico sabe como o atraso em horários marcados incomoda e atrapalha o dia.  Esse foi um problema observado pelo aluno Jefferson Batista Xavier, durante a espera de um atendimento no Hospital Regional de Guanambi. Lá, o aluno percebeu a necessidade de um sistema mais eficiente que melhorasse o tempo de atendimento e, consequentemente, a qualidade dos serviços de saúde locais.

Durante o estágio em uma empresa de tecnologia, Jefferson teve a oportunidade de trabalhar com um sistema nessa área de saúde e percebeu falhas e necessidades de aperfeiçoamento. Foi aí, que ele teve a ideia de criar o SaúdeTech e solucionar os problemas percebidos tanto como paciente, quanto como programador. “Isso me animou a querer criar algo inovador, mais eficaz e completo”, afirma.

Pelo sistema, orientado pelo docente Naidson Clayr Santos Ferreira, é possível agendar consultas para vários médicos de diferentes especialidades; emitir e acessar resultados de exames e laudos de forma eficiente e fácil.

“Durante a criação e codificação do sistema, enfrentei desafios técnicos, especialmente, na integração de tecnologias na área da saúde. A segurança dos dados sensíveis tornou-se uma prioridade crucial, uma vez que o sistema devia lidar com uma grande quantidade de informações sensíveis”, conta Jefferson. Outro desafio para ele, foi gerenciar o prazo para a entrega tanto do sistema quanto da parte escrita do trabalho. Mas o estudante conseguiu concluir dentro do prazo e o sistema foi muito bem recebido pela banca, resultando até no depósito da patente.

E-Dados: Sistema para análise de big data do ENEM

O professor do IF Baiano – Campus Guanambi, Woquiton Fernandes, é membro da Comissão de Educação Especial do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) e analisa dados do Enem para compreender  fatores que poderiam influenciar no desempenho de alunos com necessidades especiais no Exame. Ele percebeu que a forma como os dados eram disponibilizados apresentava lacunas que dificultavam sua análise e expôs o problema ao aluno Ícaro Dias, que se interessou em solucionar. 

Ícaro criou, então, a plataforma web E-Dados para analisar esses dados. De acordo com o aluno, a falta de proficiência em computação tornava a análise de dados desafiadora para profissionais e pesquisadores que se debruçaram sobre os dados.

Com o objetivo de superar essa limitação, o projeto foi concebido para oferecer uma solução acessível, intuitiva e qualificada. A proposta era proporcionar aos pesquisadores a oportunidade de explorar os dados de forma mais simples, sem a necessidade de uma expertise específica em computação. O E-Dados visa, assim, preencher lacunas e facilitar a análise de dados, permitindo que os pesquisadores em educação, que analisam dados do Enem, possam extrair insights de maneira mais eficiente e compreensível.

O orientador de Ícaro explica que é possível fazer um TCC apenas teórico, mas que há uma tendência dos alunos em fazer trabalhos que desenvolvam alguma solução prática, pensando em ingressar mais facilmente no mercado de trabalho com essa experiência em seu portfólio. “O aluno da computação quer ir para o mercado de trabalho, a maioria deles vão. Nós temos ex-alunos que desenvolveram bons TCCs, que hoje estão no mercado de trabalho… Eles estão bem colocados, conseguiram ir para boas empresas, tem um bom salário, até mais que a gente (professores)”, conta rindo o docente Woquiton Lima Fernandes. 

Inspirado em seus professores, Ícaro escolheu seguir a carreira acadêmica e está cursando mestrado em Engenharia Mecânica na Unicamp. “Essa conquista eu atribuo a cada um dos professores, coordenadores e líderes durante a graduação, que me capacitaram, assim como aos meus colegas, muitos dos quais agora trabalham em boas empresas”, afirma o aluno. Para ele, ter acesso à formação superior no IF Baiano foi um privilégio e possibilitou que ele se tornasse o profissional que é hoje. “A notoriedade dos professores e da instituição reflete-se na realização frequente de feiras de ciências. Os alunos sempre chamam a atenção por criarem projetos muito bons e inovadores, como recentemente ocorreu nas últimas feiras de ciências no IF Baiano de Guanambi”, concluiu.

SIGEB: Sistema de Gerenciamento Bibliotecário

O estudante Marcos Pires Coelho criou um sistema de gerenciamento bibliotecário, pensando em implantar o sistema no Colégio Estadual Rio Corrente, em São Félix do Coribe, onde estudou, e também em outras escolas públicas que não tenham um sistema para a gestão de empréstimos.  

“Estudei no colégio entre 2016 e 2018 e, desde esse período, como aluno, pude perceber algumas questões que dificultavam o acesso dos estudantes à biblioteca. Uma delas foi a questão do gerenciamento”, explica. Marcos conta que a gestão dos livros ainda era feita manualmente em fichas de papel.  Ele conversou  com o diretor do colégio, que contou para ele que um sistema para gerenciar o acervo poderia contribuir significativamente para o aumento da adesão à biblioteca.

Em sua pesquisa, Marcos utilizou a observação do espaço e de suas dinâmicas e um questionário no Google Forms para consultar a comunidade da escola. “Consegui armazenar dados que, ao serem analisados, estavam relacionando a forma de gerenciamento daquele momento à baixa média de estudantes que utilizavam a biblioteca, [que tinham dificuldade em] identificar os acervos disponíveis”, relata.

A possibilidade de implementar o SIGEB na escola em que Marcos estudou, era uma forma de contribuir para a melhora dos serviços daquela escola, que deixaria de utilizar um método um tanto quanto arcaico e utilizaria a tecnologia para melhorar a gestão de seu acervo.

“Acredito que a biblioteca escolar possui um grande papel no processo de aprendizagem. A implementação de um sistema, que possa gerenciar o ambiente bibliotecário assim como facilitar os processos rotineiros, contribuirá significativamente para o acesso dos estudantes [à biblioteca] assim como demais membros da escola”, afirma o aluno.

Atualmente, ele está trabalhando como professor de Introdução à Programação no Colégio Estadual Rio Corrente, onde estudou e  para o qual desenvolveu o sistema. Sobre a experiência da graduação no IF Baiano, ele afirma que foi de grande importância profissional, pois proporcionou a ele novos aprendizados e o despertou para novos horizontes.

Zare Assistant 

O interesse por inteligência artificial e por criar algo útil levou o aluno do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas no IF Baiano campus Guanambi, Giliarde Reis Pereira, a desenvolver o Zare Assistant – um software para executar ações no computador através de comandos de voz, voltado para pessoas com deficiência visual.

O sistema é inovador por apresentar mais agilidade no uso do computador que os softwares leitores de tela, geralmente, utilizados por pessoas com esse tipo de deficiência. “A utilização do leitor de tela é muito lenta, quando comparada a arrastar o mouse e abrir o programa desejado ou dar um comando de voz, por exemplo”, conta.

Ele estava diante de um problema real para solucionar e, no processo, encontrou alguns desafios como a dificuldade de integração entre o software e o sistema operacional do computador, chegando até a pensar em desistir. “Houve momentos em que eu acreditei que não iria dar certo, pois para criar funcionalidades simples o Windows nunca dava os dados necessários ou de forma coerente”, relata.

Mesmo assim, ele seguiu em frente e, na fase de validação com um usuário com baixa visão, veio a surpresa: o sistema foi muito bem recebido. O usuário sugeriu uma única melhoria, que foi atendida, e achou que o software o auxiliou muito e agilizou a usabilidade dele no notebook.

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