O curso de extensão foi criado a partir de uma pesquisa feita na região para identificar as demandas e de que forma o IF Baiano poderia atuar.
Durante dois dias, moradores das comunidades de Rurais Quincas, Mundo Novo, Roça de Dentro, Lapinha e Mutuca, localizadas no município de Bom Jesus da Lapa, participaram de um curso de nível básico em Apicultura, voltado para o aperfeiçoamento da prática na região. Há cinco anos, a técnica de criar abelhas para extração de mel e outros produtos, como pólen e própolis, tem sido usada pela comunidade como forma de incremento à agricultura familiar.
O curso foi criado a partir de uma pesquisa feita na região para identificar as necessidades dos moradores e de que forma o IF Baiano poderia atuar. “Aquelas comunidades são muito distantes do IF Baiano e a gente precisa chegar até elas e para isso a gente precisa entender qual a demanda delas. Nós fizemos uma parceria com as empresas responsáveis pelo consórcio de energia solar na região e elas fizeram um diagnóstico identificando que as referidas comunidades tinham interesse nas áreas de apicultura, meliponicultura e criação de peixes”, explica Junio Batista Custodio, Coordenador de Extensão do Campus Bom Jesus da Lapa.
O curso teve duração de 16 horas e foi ministrado pelos estudantes de Agronomia, Felipe Nonato e José Augusto de Souza, que participam do Laboratório de Políticas Públicas, Ruralidades e Desenvolvimento Territorial (LaPPRuDes). Atualmente, os estudantes compõem a equipe dos projetos de pesquisa na área de apicultura, desenvolvidos pelo Campus com o apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa do IF Baiano e da Codevasf.
As aulas foram divididas em teóricas e práticas, sendo as práticas ministradas no Apiário experimental no próprio Campus. Os participantes também tiveram a oportunidade de conhecer o meliponário e avaliaram como positivas as contribuições da formação. Para aqueles que ainda não trabalham na área e que tiveram o primeiro contato, a apicultura foi apresentada como uma oportunidade de geração de renda para as famílias e comunidades.
“Nós temos uma responsabilidade socioambiental com a região. Tanto o IF Baiano quanto as empresas apoiadoras desse projeto, a exemplo da Atlas.
As empresas fizeram o diagnóstico, trouxeram essa demanda, nós firmamos a parceria, com base nessa parceira e no apoio que elas nos deram, como o deslocamento da equipe até a escola, a gente organizou esse curso, ministrou e fez a certificação”, reforçou Custodio.
Técnicos e professores do projeto de pesquisa estudam novas parcerias para realizar cursos análogos em outras comunidades. Os interessados podem demandar ao campus a realização destes cursos e de outros, mediante estudo de demanda na região.
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