O IF Baiano possui Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) em todos os campi que discutem cotidianamente as questões raciais e lutam por uma educação efetivamente antirracista. Em novembro, no entanto, o IF Baiano e seus NEABIs intensificam suas atividades nesse sentido para marcar o mês da Consciência Negra.
Veja os campi que já estão com eventos programados:
URUÇUCA
Estão abertas as inscrições para o Sarau de Preto, organizado pelo Campus Uruçuca. O formulário está disponível até o dia 15 de novembro, neste link.
O evento, que nesta 10ª edição tem como tema o “Empoderamento Negro local”, será realizado no Dia da Consciência negra, 20, às 13h30.
O Sarau de Preto é uma iniciativa do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas do IF Baiano Campus Uruçuca (NEABI) e de estudantes. Ele visa a valorizar as manifestações artísticas e culturais dos povos afro-brasileiros e indígenas, contribuindo para o exercício do autorreconhecimento da comunidade interna e externa enquanto corpo social pós-colonial em seus contextos artísticos, sociais, históricos e identitários, por meio de ações multiculturais.
O evento envolve as diversas áreas da produção e dos processos artísticos em eventos integrados, ressaltando a memória, a produção e a difusão cultural e artística dos povos historicamente “desumanizados” pela prática colonial.
O tema deste ano aborda “um processo de conscientização que visa promover a equidade racial e combater o racismo estrutural presente em nossa sociedade. A partir disso, você pode inscrever uma apresentação artística. As 15 propostas de apresentação mais coerentes com o tema vão fazer parte da programação do Sarau de Preto”, explica a organização.
TEIXEIRA DE FREITAS
O VI Arvorecer Negro, realizado pelo IF Baiano – Campus Teixeira de Freitas, acontece entre 08 e 10 de novembro em formato híbrido, com parte da programação transmitida na TV Bem Baiano, canal do IF Baiano no Youtube. É possível se inscrever gratuitamente pelo site do evento até o dia 07 de novembro.
O tema desta edição é “Intelectualidades negras e indígenas e 20 anos da Lei 10.639/03”. São dois temas porque nesta edição três eventos ocorrem juntamente: VI Arvorecer Negro, II Seminário Regional de Lutas dos Povos Indígenas e IV RENEABI, encontro da rede de NEABIs do IF Baiano.
A Mesa de abertura discutirá o tema “Resistência: artes e intelectualidades” com a professora atuante em escolas indígenas das redes municipal e estadual, poeta, pataxó, mãe, Adriana Pesca, e o professor e artista doutor em Educação em Ciências e Saúde, Luan da Silva Gustavo; sob a mediação do professor do IF Baiano, Tiago Calazans.
A programação é composta por mesas-redondas, oficinas, minicursos, apresentações culturais e artísticas, exposição de pôsteres de resumos aceitos e apresentações orais dos trabalhos selecionados. O prazo para submissão de trabalhos encerrou dia 22 de outubro.
De acordo com a Comissão Organizadora, o evento tem como objetivo criar um ambiente que facilite a troca de conhecimento entre os diversos atores que compõem a comunidade do Extremo-Sul baiano, oportunizando o contato e a troca de saberes entre povos tradicionais indígenas, comunidades quilombolas e discentes desde o ensino médio à pós-graduação com pesquisadores de várias instituições.
O evento acontecerá com a colaboração de pesquisadores oriundos de diferentes universidades da região e de outros estados. Além desses, os saberes tradicionais de comunidades indígenas e quilombolas serão difundidos e discutidos por meio da presença de representantes desses grupos. “A apresentação de resumos produzidos pelos alunos é também um importante momento de difusão da ciência que gira em torno dos temas abordados”, afirma Rosane Santos, que compõe a Comissão Organizadora.
ITAPETINGA
Durante o mês de novembro, o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) do IF Baiano – campus Itapetinga promoverá uma série de atividades em referência ao Dia da Consciência Negra, celebrado na data de 20 de novembro, em alusão à memória de Zumbi dos Palmares. No ano de 2023, o Novembro Negro discutirá a importância da Lei 10.639/03 para a construção de uma educação antirracista. O tema foi escolhido em virtude dos 20 anos de aprovação da legislação, marco fundamental para a construção de uma educação antirracista no Brasil, ao instituir a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira nas escolas.
A lei é fruto da luta histórica do Movimento Negro brasileiro e de intelectuais negros e negras que, ao longo do século XX, denunciaram o racismo e demandaram o direito à educação, à história e à memória.
Poucos anos depois de sua aprovação, a legislação teve um acréscimo, por meio da Lei 11.645/08, que tornou obrigatório também o ensino de História e Cultura Indígena nas escolas. Ao longo desses 20 anos, a Lei 10.639 mostrou-se fundamental para se romper com um currículo centrado na experiência europeia e segue impactando na formação de professores, na elaboração de materiais didáticos, como também na difusão e valorização de conhecimentos dos povos africanos, indígenas e da população negra na história nacional. O Neabi destaca, porém, que houve (e há ainda) obstáculos enfrentados por essa lei, como lentidão na sua implementação, resistência de pessoas e grupos a cumpri-la e ataques a docentes que tentam discutir as temáticas da cultura afro-brasileira e da cultura indígena, o que perpassa por diversas formas de racismo, inclusive o religioso.
Assim, para valorizar esse importante marco que é a Lei 10.639/03, bem como discutir seus avanços e limites, o Neabi Itapetinga organizou as atividades abaixo:
Durante todo o mês de novembro:
Dia 22 de novembro (quarta-feira) – das 7h30 às 11h50:
GOVERNADOR MANGABEIRA
O Campus Governador Mangabeira está realizando um concurso para escolher um vídeo que se destaque, promovendo uma invenção ou criação de uma pessoa negra. A ideia é estimular os estudantes a pesquisarem e produzirem conteúdos que ajudem a divulgar produções negras. O estudante que mais se destacar vai ganhar como prêmio uma viagem pedagógica e/ou um kit cultural diaspórico.
Para os organizadores do concurso, uma nação multicultural como o Brasil não deve limitar-se a olhar/estudar sobre o negro como sendo tão somente um povo que foi escravizado. O estímulo à busca de referências, pesquisas e estudos tendo o negro na condição de sujeito de conhecimento passa a ser fundamental para compreensão e reconhecimento da contribuição do povo negro na história da humanidade. Assim, a proposta tem o propósito de dar visibilidade a invenções cientificas e tecnológicas desenvolvidas por negros, mirando contribuir com o reconhecimento do valor da ancestralidade do povo negro
O estudante deverá elaborar um vídeo no qual apareça uma invenção/criação de algo material (ferramenta, instrumento, alimento) e seu inventor/criador ou pessoa negra que exerceu uma forte influência no desenvolvimento do material. O estudante terá a liberdade para escolher o formato que desejar: animação, documental, entrevista ou fusão de categorias. O vídeo deve ser editado no formato horizontal para permitir veiculação nas diversas redes sociais.
O vídeo deve iniciar com a identidade visual do Evento disponível neste link. No final do vídeo, deverá constar autoria de materiais usados (fonte bibliográfica, música, ou qualquer outro elemento não autoral). Todo o conteúdo que aparece no vídeo será de responsabilidade do(s) autor(es). A duração mínima do vídeo deve ser de 1 minuto, e máxima de 2 minutos. Não serão aceitos vídeos que não atendam as especificações metodológicas.
Poderão participar da atividade todos os estudantes do campus Governador Mangabeira, do nível médio até a pós-graduação, pertencentes a todos os cursos. A inscrição e transferência do vídeo pode ser feita até o dia 10 de novembro pelo link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd194cx8o15ubdqYwUsy3qHrvTbK0VjsfFD0moi grrf5WC5rg/viewform.
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