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Projeto de pesquisa que criou gel cicatrizante para ferimentos concorre a prêmio internacional
Atualizado em 1 de agosto de 2022 às 11h12 | Publicado em 20 de maio de 2022 às 15h02

A cerimônia de premiação da GENIUS Olympiad acontece dia 18 de junho, às 12h30

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O Cicatribio, projeto de pesquisa do IF Baiano – Campus Catu, que vem comprovando através de testes biológicos que as formulações produzidas a partir do látex de mangaba têm sido eficazes na cicatrização de ferimentos, segue sendo destaque em eventos científicos. Desta vez, o projeto levará a bandeira do IF Baiano para a competição internacional GENIUS Olympiad. A GENIUS Olympiad é uma olimpíada de projetos de ensino médio sobre questões ambientais, fundada e organizada pela Terra Science and Education e hospedada pelo Rochester Institute of Technology.

A equipe do Cicatribio é formada pelos egressos do IF Baiano João Pedro de Oliveira e Ítila Maykely Conceição; pelas alunas Isis Pereira e Ana Luiza de Souza dos Santos; pelos professores Saulo Capim (orientador), Maurício Pereira e André Rezende (co-orientadores); Jane Lima (professora colaboradora da UESC) e pela doutoranda Julyanna Castro. A pesquisa foi credenciada para o evento internacional que terá premiação no dia 18 de junho, após conquistar o 1º lugar na área de Ciências da Saúde na Expo Nacional Milset Brasil 2021. A GENIUS Olympiad aconteceria presencialmente na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, mas, em janeiro, com o crescimento de casos de infecções pela variante Ômicron da Covid-19, decidiu-se por mudar o formato para virtual.

Sobre o produto

O gel e a pomada, resultantes da pesquisa, ajudam no tratamento de feridas em decorrência de doenças como a diabetes, que acomete 16 milhões de pessoas em todo o Brasil. A ideia surgiu do então estudante João Pedro de Oliveira Lima, ao observar que, quando se corta o caule do pé da mangaba, rapidamente a planta estanca o látex liberado e ‘cicatriza’ o caule. Ele, então, levantou a hipótese de que esse látex teria efeito reparador na cicatrização de ferimentos e poderia ajudar a sua avó, que sofre com esse tipo de complicação decorrente da diabetes. Após alguns estudos junto à equipe, João Pedro confirmou sua teoria de que a planta, típica da região Nordeste, era realmente eficaz.

Patentes

O projeto já resultou no depósito de duas patentes, além do registro da marca Cicatribio junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O projeto, que começou no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), já recebeu novos investimentos como recursos do Edital Empreendedor Inovador do MEC e do Edital Sebrae Catalisa para criar uma startup e, assim, possibilitar a comercialização do produto no mercado até maio de 2023.

De acordo com João Pedro, as pessoas têm recebido o trabalho de forma muito positiva, pois a dificuldade de cicatrização de feridas, especialmente, em pessoas diabéticas é um problema que causa vários outros ao longo do tempo. “Trazer uma solução viável para esse tipo de problema é algo que as pessoas olham com bons olhos e, acima de tudo, trazer um produto que se utiliza de uma substância natural da flora brasileira é incrível e as pessoas acham muito grandioso”, afirma.

João Pedro Lima em apresentação para a GENIUS Olympiad

Para ele é muito gratificante levar essa pesquisa para um evento internacional do porte da GENIUS Olympiad e, com isso, poder levar a bandeira do IF Baiano e do Brasil para uma feira que reúne pesquisas de todo o mundo. “[É importante] poder mostrar para outras pessoas ao redor do mundo que nós conseguimos, sim, produzir pesquisa e tecnologia de ponta e mostrar também para a própria sociedade brasileira que nosso país tem, sim, tecnologia e ciência capazes de desenvolver mecanismos de solucionar problemas cotidianos como esse”, afirma. O recém egresso do curso Técnico em Química do Campus Catu vê a participação em eventos científicos como a oportunidade de levar o que é produzido nas instituições de ensino e pesquisa para a sociedade. “Que possamos reafirmar esse pacto que a educação tem de não só transformar a vida dos estudantes que estão inseridos naquele projeto, mas também de transformar a vida das pessoas na sociedade em geral”, reflete João Pedro.

Prêmios

A pesquisa acumula também os prêmios: 1º lugar na área de Ciências Exatas no ENPEX (Encontro de Pesquisa e Extensão) do IF Baiano – Catu; 2º lugar na área de Ciências da Saúde na MOSTRATEC 2019; 1º lugar na área de Ciências da Saúde na FEBRACE 2020; Credencial para a Regeneron ISEF (a maior feira científica do mundo para alunos do ensino médio) nos EUA; 1º lugar na área de Ciências da Saúde na FBJC 2020; Prêmio Destaque em Rigor Científico na FBJC 2020; Prêmio Excelência em Pesquisa na FBJC 2020; Prêmio ABRIC de Excelência em Pesquisa na FEBRACE 2020; 1º lugar na área de Ciências da Saúde na MOSTRATEC 2020; 1º lugar na área de Ciências da Saúde na Milset Brasil 2021; Credencial para a Genius Olympiad 2022; 2º lugar na área de Ciências da Saúde na FEBIC 2021; 3º lugar na área de Ciências da Saúde na FEBRACE 2021.

Para o orientador da pesquisa, o docente Saulo Capim, as feiras científicas voltadas para os alunos do ensino médio constituem-se como uma fonte essencial na busca e compreensão de novos conhecimentos, pois apresentam como finalidade fazer o jovem cientista pensar fora da caixa. E, assim, buscar soluções inovadoras diante de problemas presentes na sua comunidade. “Eventos como estes, sejam eles nacionais ou internacionais ajudam na divulgação da ciência, pois além de reunirem profissionais das mais diversas áreas do conhecimento, propiciam ao estudante um momento de aprendizado, interação e desenvolvimento pessoal e intelectual”, afirma o docente.

Para Saulo, a educação tem fundamental importância na busca por um mundo melhor, por isso, desenvolver projetos com alunos desde o ensino infantil, perpassando pelo ensino fundamental e médio é pensar de forma consciente numa geração de jovens que buscam através da ciência fazer um mundo melhor para si e para os outros. “Quando esses alunos chegam à universidade, chegam com uma estrutura e conhecimento de iniciação científica em outro nível, o que de fato facilitará muito seu desenvolvimento neste nível de educação, e, assim, conseguem contribuir ainda mais com a ciência e divulgação científica brasileira”, explica Saulo.

Veja aqui a apresentação da pesquisa na GENIUS Olympiad.

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