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Palestra com Kabengele Munanga marca início do 4° ENNEABI e 2° RENEABI
Atualizado em 1 de agosto de 2022 às 10h55 | Publicado em 26 de setembro de 2018 às 23h56

Eventos reúnem educadores de todo o país, em Salvador, para discutir diversidade étnica.

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Aconteceu na manhã desta quarta feira, 26, a cerimônia de abertura do 4º Encontro Nacional de NEAB, NEABI e grupos correlatos da Rede Federal (ENNEABI) e do 2° Encontro da Rede de NEABI do IF Baiano (RENEABI).

Promovidos pelo IF Baiano, com apoio do Instituto Federal da Bahia (IFBA) e da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), os eventos conjuntos acontecem até sexta-feira, 28, em Salvador, reunindo representantes dos NEAB, NEABI e grupos similares pertencentes à Rede Federal de Educação Profissional Científica e Tecnológica, estudantes, pesquisadores e demais interessados em discussões que perpassam o tema central “educação e diversidade étnica”. A solenidade foi marcada pela palestra do premiado antropólogo e professor brasileiro-congolês, Kabengele Munanga.

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Participaram da mesa de abertura o reitor do IF Baiano, Aécio José Duarte, o pró-reitor de ensino do IF Baiano, Ariomar Rodrigues, a coordenadora do NEABI Geral do IF Baiano, Izanete Marques. Também, representando a ABPN, a Diretora de Relações Internacionais, Ana Beatriz Sousa, e representando o IFBA, o diretor-executivo da Pró-reitoria de Extensão, Wallace Matos da Silva.

Em sua fala, o reitor do IF Baiano parabenizou o esforço coletivo dos realizadores do evento, o qual segundo ele, marca a consolidação dos institutos federais como ambientes de fomento à discussão sobre diversidade enquanto elemento indissociável da formação dos estudantes. “Movimentar comunidades acadêmicas para participação num evento que busca e estimula a conscientização das necessidades de defesa de direitos e conquistas históricas, em tempos em que a autonomia das nossas instituições tem sido amplamente vilipendiada, é sobretudo, um ato de coragem e persistência”, pontuou o gestor.

Com a palavra, Kabengele Munanga

DSC03731A conferência de abertura, ministrada pelo antropólogo Kabengele Munanga, abordou o tema “Identidade e Negritude: afirmação, empoderamento e atuação social”. Nascido no Congo, o antropólogo e professor, Kabengele Munanga, foi titular sênior da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e, hoje, é professor visitante sênior da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Munanga é um dos principais nomes à frente de discussões em defesa da implantação das cotas e ações afirmativas no Brasil.

“Todo mundo sabe que o Brasil é um país que nasceu do encontro das culturas e civilizações dos povos indígenas, donos da terra que aqui já se encontravam, dos imigrantes europeus, colonialistas portugueses, africanos, que foram deportados e aqui escravizados, e outros imigrantes asiáticos, que para aqui vieram no século XX. Todos esses povos construíram as raízes culturais do Brasil. No entanto, quando se fala da identidade cultural brasileira esta tem que ser enfocada no ponto de vista dessa pluralidade, dessa diversidade que é uma grande riqueza, não uma identidade vista apenas numa visão eurocêntrica”, ressaltou o pesquisador.

Munanga também salientou por que a discussão sobre identidade é fundamental ao contexto da educação. “Isso é importante para mostrar que quando se fala da identidade negra no Brasil não se trata de um racismo ao contrário, se trata simplesmente de uma identidade das raízes formadoras do Brasil que foram praticamente deixadas de lado na educação do brasileiro”.

Debates para o fortalecimento dos Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas

Mais de 490 participantes inscritos são esperados durante os três dias de evento que inclui na programação 2 palestras, 11 sessões temáticas e apresentação de pôsteres de 31 trabalhos selecionados. “Este é um espaço em que nós estamos discutindo a manutenção, a regulamentação (para aonde ainda não tem) e o fortalecimento dos Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas e de grupos correlatos, que são grupos que trabalham com a feminilidade, sexualidade e outras vertentes dentro dos movimentos sociais e que também estão interligadas com as questões étnico-raciais”, reforçou a Coordenadora do NEABI Geral do IF Baiano, Izanete Marques.

Representando o NEABI do Instituto Federal do Maranhão (IFBA), o docente Batista Botelho, acompanhou o primeiro dia de ENNEABI, evento do qual já participou em outras edições. “Estamos aqui de volta nessa construção coletiva, nesse processo de levar para dentro das salas de aula, para dentro dos espaços de formação, uma discussão, como disse nosso querido Munanga, que historicamente era proibida, em função de um propósito educacional que tinha de negar a história do povo negro e do povo indígena. Então, essa oportunidade nos dá condições de aprofundar o conhecimento e, acima de tudo, de afirmar compromissos para fazer uma educação inclusiva, que tenha olhar para a diversidade”, ressaltou.

Mais informações e a programação completa do 4° ENNEAB e 2° RENEABI estão disponíveis no site do evento.

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