Confira a programação, sujeita a atualizações, nesta matéria
O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, faz referência à morte de Zumbi, líder do Quilombo de Palmares, o maior quilombo da América Latina, que chegou a ter cerca de 20 mil habitantes. Zumbi é um dos grandes símbolos da resistência negra no Brasil. A data foi instituída em 2011, pela Lei nº 12.519, mas apenas este ano tornou-se feriado nacional, uma conquista reivindicada pelo movimento negro, que reconhece a data desde 2003, com a Lei 10.639. O Dia da Consciência Negra é um momento em que se intensifica a mobilização em torno da luta antirracista, da necessidade de valorização da história negra e da construção de uma sociedade justa e igualitária para todas as pessoas.
Durante todo o mês de novembro, os campi do IF Baiano promovem uma série de atividades discutindo variados aspectos da questão étnico-racial. Essas ações, realizadas pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI), são alusivas ao Dia da Consciência Negra e visam fomentar o debate e a reflexão sobre o tema.
Acompanhe abaixo a programação para o mês em cada campus:
Bom Jesus da Lapa
No Campus Bom Jesus da Lapa, as atividades têm como tema: “Entrelaçando saberes e bem-viver: ensino, pesquisa e extensão no combate ao racismo e na valorização da cultura negra”. A programação, realizada entre os dias 18 e 19 de novembro, inclui mesas-redondas, oficinas, apresentações culturais, um sarau e a Feira da Agricultura Familiar e Artesanato. O evento tem como objetivo fortalecer a discussão sobre as relações étnico-raciais e incentivar atitudes antirracistas, promovendo aprendizados e trocas de experiências entre estudantes, professores, técnicos e toda a comunidade.
Acompanhe a programação pelo Instagram do NEABI do campus: @neabi_lapa.
Governador Mangabeira
No Campus Governador Mangabeira, as atividades têm como tema: “Pela igualdade étnico-racial: descolonizar os currículos para o bem viver”. A programação, distribuída entre os dias 7 e 28 de novembro, inclui mesas-redondas, oficinas, minicursos, rodas de conversa, desfile da beleza negra, exibição de filmes, capoeira, Hip Hop, samba, fanfarra e visita a um quilombo.
O evento reúne prestadores(as) de serviços, público externo, servidores(as) e discentes, com o objetivo de contribuir para a materialização da Lei 10.639/2003. A proposta é descolonizar currículos marcados por uma educação baseada no mito da democracia racial e na branquitude, por meio de atividades sociopolíticas que promovam a emancipação política dos estudantes e incentivem o pensamento crítico sobre as práticas escolares.
Guanambi
No Campus Guanambi, as atividades são intituladas “V Semana da Consciência Negra” e têm como tema: “Fortalecer saberes e combater o racismo”. Realizada nos dias 18, 19 e 21 de novembro, a programação contará com mesas-redondas, exposição fotográfica, AfroCine e momento cultural.
Com essas atividades, pretende-se promover o fortalecimento dos saberes afro-brasileiros e o combate ao racismo estrutural por meio da educação, pesquisa e extensão. A proposta é incentivar a valorização da cultura e das contribuições da população negra, de matriz africana e quilombola, para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Acompanhe a programação pelo Instagram do NEABI do campus: @neabi.guanambi.
Santa Inês
No Campus Santa Inês, as atividades têm como tema: “Negras Narrativas: vamos ecoar nossas vozes e combater o racismo!”. A programação inclui palestras, performances, baile, estandes e apresentações culturais.
O evento teve início no dia 30 de outubro, com a apresentação do Xirê e Padê para Esú, seguido de uma mesa sobre masculinidades negras. No dia 4 de novembro, ocorreu uma apresentação dos alunos do 1º ano, discutindo literatura e enfrentamento ao racismo. Já no dia 12, foi realizado o I Baile Preto do CSI, atividade dedicada à música e à estética negra.
No dia 19 de novembro, haverá uma palestra sobre potencialidades negras e enfrentamento ao racismo, além de performances, apresentação de dança afro, roda de capoeira, mostra de produções estudantis e estandes do NEABI e de tranças afro.
As atividades se encerrarão no dia 4 de dezembro com o II Caruaru do NEABI, uma celebração que une comida, ancestralidade e resistência.
Senhor do Bonfim
No Campus Senhor do Bonfim, entre os dias 14 e 27 de novembro, ocorre o “VII Novembro Negro do IF Baiano Bonfim”, que discute temas como africanidades, ancestralidade, axé e educação antirracista. A programação é diversa e inclui sala cultural, mesas de diálogo, oficinas, exposição da biblioteca itinerante, cinedebates e apresentações da Banda Conexão IF.
Nos dias 19 e 21, haverá uma discussão sobre “Ancestralidade, religiosidade e axé na identidade afro-brasileira”, com o Dr. Robson Marques e a MSc. Lilian Pinto. Já no dia 25, será realizado um diálogo sobre “A pertinência do NEABI no IF Baiano Campus Senhor do Bonfim enquanto estratégia para combate ao racismo”, mediado pelo grupo gestor do núcleo.
A última ação do evento ocorrerá no dia 27, com um cinedebate sobre o filme Medida Provisória – Uma abordagem sociológica e histórica, mediado pelos(as) professores(as) Estela Batatinha, Guilherme Mota e Vanessa Angelim.
Acompanhe a programação pelo Instagram do NEABI do campus: @neabi.bonfim.
Serrinha
No Campus Serrinha, a atividade é intitulada “Baile de Favela (BDF): resistência artística, Hip Hop, afropoéticas e educação pluriversal”. A programação, realizada entre os dias 5 e 29 de novembro, inclui oficina para capacitação de agentes culturais, seminários temáticos sobre afropoéticas de resistência na periferia baiana, roda de conversa, slam de poesia no Colégio Hilda Carneiro, em Feira de Santana, e um momento de integração com o Baile de Favela.
As atividades são destinadas a diferentes públicos, como agentes da cultura, artistas independentes, fazedores de cultura, discentes, docentes e toda a comunidade acadêmica, além de estudantes, professores e servidores do Colégio Hilda Carneiro.
Acompanhe a programação pelo Instagram do NEABI do campus: @neabi_ifbaiano_serrinha.
Teixeira de Freitas
No Campus Teixeira de Freitas, as atividades discutem eugenia, raça e racismo. A programação, realizada entre os dias 29 de outubro e 5 de novembro, inclui atividades artísticas e culturais, roda de conversa, mesa-redonda e apresentação de trabalhos.
No dia 29, aconteceu a culminância do Projeto Interdisciplinar sobre Eugenia e Raça, realizado com as turmas do terceiro ano integrado, que objetivou debater as questões raciais na obra de Lima Barreto. No dia 30, ocorreu uma atividade artística, seguida de uma roda de conversa promovida pelas intelectuais Jéssica Silva e Ananda Luz, que dialogaram com os fomentadores culturais Itamar dos Anjos e Emanuele Brizon sobre as produções artísticas locais e as contribuições afroindígenas no Extremo Sul da Bahia. Este último é um projeto de abrangência nacional, fomentado pela Lei Paulo Gustavo.
No dia 5 de novembro, houve apresentação de trabalhos pelas turmas do ensino médio integrado, abordando os conceitos de raça, racismo e eugenia. Na mesma data, ocorreu uma importante roda de conversa, fruto da parceria entre o NEABI e a UFSB, em que o professor Givanildo da Silva Nery, formado em psicologia e doutor pela Universidade Federal da Bahia, dialogou com os alunos sobre racismo recreativo e seus efeitos danosos sobre a juventude negra.
Uruçuca
No Campus Uruçuca, acontece o “XI Sarau de Preto” com o tema “Tecnologias africanas e afrodiaspóricas”. O evento ocorrerá no dia 23 de novembro, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), e tem como objetivo apresentar ao público, por meio de diversas formas de expressão artística, a memória e a valorização da produção de conhecimentos e tecnologias desenvolvidas por povos africanos e seus descendentes em outros continentes.
Além das apresentações técnico-científicas, artísticas, literárias e de saberes estético-corpóreos, também serão realizadas oficinas de turbante, tranças e mancala (jogo de tabuleiro de origem africana). Acompanhe a programação através do Instagram do NEABI do campus: @neabiurucuca.
Valença
No campus Valença, ocorre o “X Seminário (Re)Pensando Questões Afro-Brasileiras: Saberes e Ancestralidade”. Realizado entre os dias 04 e 29 de novembro, a programação inclui projetos de ensino, oficinas, palestras, exibição de filmes, batalhas de rima, minicursos, rodas de conversa e o lançamento da logomarca da Pós-graduação em Relações Étnico-Raciais e Cultura Afro-Brasileira na Educação (REAFRO).
Trata-se de um espaço interdisciplinar destinado à reflexão, debate e construção de saberes sobre cultura, religiosidade e identidade afro-brasileira e indígena. O evento promove discussões acerca das temáticas de identidade e cultura afro-brasileira, abarcando as áreas de Linguagens e Humanas, e contemplando turmas do ensino integrado e subsequente. Acompanhe a programação através do Instagram do NEABI do campus: @neabi.ifbaiano.valença.
Xique-xique
A programação do Novembro Negro no Campus Xique-Xique acontece em parceria com a UNEB e inicia-se no dia 21 de novembro com a mesa institucional de abertura às 18h, seguida da conferência “Pertencimento étnico-racial e o papel da educação na construção da identidade negra”, ministrada pela Profª. Drª. Anhamoná Silva de Brito, com moderação da Profª. Drª. Leila Maria Mendes Santos. A noite culmina com uma apresentação cultural que combina a música de Naty Rocha e banda com a tradicional culinária afro-brasileira, representada pelo acarajé de Ed.
No dia 22, pela manhã, o Campus IF Baiano oferece oficinas práticas sobre temas como literatura negra, autodeclaração étnico-racial, racismo ambiental, penteados afro e dança afro, conduzidas por especialistas e artistas da região. À tarde, no Campus UNEB, ocorrem apresentações culturais, seguidas de uma mesa de debate sobre “Marco Temporal e Demarcação de Terras”, abordando os direitos das comunidades tradicionais. A programação do dia se encerra com o Cine Negro, que exibe o filme M8: Quando a morte socorre a vida, acompanhado de uma mediação pela Profª. Drª. Ana Carolina dos Santos.
No dia 23, o Campus IF Baiano organiza rodas de conversa pela manhã, abordando temas como masculinidades negras, racismo institucional, movimentos negros e a aplicabilidade da Lei 11.645/2008 na educação, além de discussões sobre a vivência de pessoas negras LGBTQIAPN+ e expressões artísticas afro-brasileiras. Paralelamente, o evento valoriza as manifestações culturais, encerrando a manhã com um sarau repleto de poesia, música e teatro, promovendo um espaço de resistência, reflexão e celebração das identidades e culturas negras.
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