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Três palestras marcaram o primeiro dia do Geobonfim 2022. Com debatedores da Suíça, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), vivências em diferentes territórios foram compartilhadas com o público.

A palestra de abertura foi feita pelo CEO da Drones for Business e embaixador mundial de tecnologia no eixo Suíça-Brasil-Itália, o suíço Emanuele Traversali. O tema “Geotecnologias: Desafios para criar um mundo melhor – PIX4D” norteou a apresentação do CEO, que focou no fato de cada projeto ter suas particularidades e usou o termo “smart training” para destacar a capacidade de fazer e produzir algo em vez de apenas usar um software ou um processo padrão.

Para Emanuele, os desafios levam à criação de soluções e estas conduzem ao conhecimento. Na busca por soluções, ele usou o exemplo do monitoramento ambiental, sugerindo o uso de drones para ajudar a constatar algum tipo de dano ou alteração no meio ambiente e viabilizar o crescimento do empreendimento. “O drone dá uma perspectiva aérea do local, permite conhecer a situação e acessar áreas difíceis. Ele também proporciona uma visão global e auxilia na avaliação de paisagens e distâncias”, explicou Emanuele.

O suíço alertou o público a não ficar restrito à automatização dos processos, destacando a necessidade de inovar. Essa inovação se conquista com o uso da inteligência capaz de criar soluções para os problemas específicos apresentados por um cliente. “E na hora de calcular o valor a ser cobrado, você tem que pedir com base no benefício que o cliente recebe com o resultado do seu trabalho”, orientou.

Levantamento e monitoramento de obras da construção civil com drones

Dando continuidade ao uso dos drones na busca por soluções, a Profa. Simone Sayuri Sato palestrou sobre sua utilização no levantamento e monitoramento de obras.

A egenheira cartógrafa e doutora em engenharia civil apresentou um projeto de inovação desenvolvido na UFPE que aplica a pesquisa científica ao mercado. O projeto tem o objetivo de “disseminar os potenciais inovadores no monitoramento e controle de obras no setor de construção civil”, afirmou Simone.

A inovação consiste em plataformas aéreas usando drones com câmeras de alta resolução ou outros sensores, oferecendo a capacidade de mapear obras de engenharia em locais de difícil acesso ou inacessíveis. Nesses casos, o drone serve como um veículo de transporte para os sensores, traduzindo uma diminuição no custa da inspeção.

“Com técnicas fotogramétricas, é possível ver rachaduras a 2 ou 5 metros de distância. Executando essas técnicas de tomadas de fotos também é possível, a partir das coordenadas, fazer a planta topográfica e o ajuste de poligonal”, revelou a docente da UFPE, que convidou o IF Baiano a uma parceria com o intuito de capacitar os estudantes do Instituto para o uso dessas técnicas.

Geotecnologias e análise espacial

A última palestra do dia foi ministrada por Eduardo Viana, professor titular da UFPB e doutor em Geografia. Em sua fala, ele propôs uma ponte entre as geotecnologias e a análise espacial e defendeu o uso de dados para analisar o mundo, sob uma perspectiva geográfica.

Outro destaque feito por ele foi a importância de se realizar a análise espacial com as melhores ferramentas possíveis. Além disso, “algo que me encanta muito é a popularização das ferramentas; o uso de softwares sem restrição. Isso tá possibilitando que muita gente que não poderia comprar uma licença tenha acesso e, mais do que isso, participe da construção dessa ferramenta”, enfatizou Eduardo. “Você é um coparticipante daquele projeto”, completou.

Geobonfim 2022

O evento continua até esta quinta-feira, 6, com palestras no turno da manhã e minicursos à tarde. O evento é promovido pelo grupo de pesquisa LABGEO-Labor em Geotecnologias (CNPQ), sob a coordenação geral do Prof. Vandemberg Salvador.

Confira a programação completa aqui. Siga o @ifbaiano e o @geobonfim2022 no Instagram para acompanhar a cobertura completa.

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