A Missão Moçambique é fruto de uma cooperação técnica que resultará na criação de um centro agrícola de educação profissional inspirado nos Institutos Federais de Educação Profissional e Tecnológica
O Campus do Instituto Federal Baiano em Valença recebeu a visita de uma delegação moçambicana nos últimos dias 19 e 20 para conhecer a estrutura do campus e seus projetos de pesquisa e extensão. A Missão Moçambique é fruto de uma cooperação técnica entre o Brasil e Moçambique que resultará na criação de um centro agrícola de educação profissional inspirado nos Institutos Federais de Educação Profissional e Tecnológica.
A delegação é composta por seis representantes de três instituições ligadas à educação, pesquisa, profissionalização e produção do algodão: Victória Nhampalele, chefe do Departamento de Cooperação do IIAOM; Dércia Bai-Bai Guedes, diretora de projetos do IAOM; Manoel Pedro Maleia, pesquisador e gestor Centro de Melhoramento e Investigação da Semente do Algodão de Namialo – CIMSAN/IIAM; Joaquim João, técnico do CIMSAN/IIAM; Ivone Macule Ussaca, diretora-geral adjunta do IFPELAC; e Abdurramane Bin Abdurramane Nemane, diretor do Centro de Formação Profissional de Nampula (IFPELAC).
Para a Bahia, a delegação veio acompanhada por membros da Agência Brasileira de Cooperação – ABC, do Ministério de Relações Exteriores, além de professores e pesquisadores do IF Sul de Minas e Universidade Federal de Lavras – UFLA: Paula Rougemont, analista de projetos responsável pela cooperação técnica com Moçambique da ABC; Simone Dantas Souza, auxiliar de projetos da ABC; Beatriz Tembe, assistente de cooperação da Embaixada do Brasil em Maputo; Marcelo Breganoli, ex-reitor do IF Sul de Minas; Francisco Sobral, coordenador do Projeto Caminhos do Algodão, IF Sul de Minas/IFSC; Heloisa Oliveira dos Santos, professora da UFLA; Rafael Peron Castro, professor da UFLA; e Marília Mendes Guaraldo, UFLA.
A comitiva foi recebida no campus na manhã de sexta-feira pela diretora acadêmica, Dislene Cardoso de Brito, e pelo diretor administrativo e de planejamento do campus, Cristiano de Jesus. O reitor do IF Baiano, Aécio José Duarte, também foi à Valença, acompanhado de membros da sua equipe, como a pró-reitora de Extensão, Calila Teixeira Santos; o diretor executivo, Marcelito Trindade Almeida; a assessora de Relações Internacionais, Polliana Monteiro; e o Coordenador Geral de Qualificação Profissional, Luís Henrique Alves Gomes.
Na ocasião, os moçambicanos conheceram iniciativas de ensino, pesquisa, extensão, cooperativa-escola, empresas juniores e escola-fazenda, com a participação de servidores, estudantes e parceiros locais.
O reitor Aécio explica que o IF Baiano foi uma das instituições escolhidas para representar a Rede Federal nesta ação por ser uma instituição agrícola que tem uma realidade muito próxima do projeto que envolve a Missão Moçambique e que ajudará a estruturar um centro de formação profissional e tecnológica em Moçambique. “A ideia era aproveitar esses dois dias para mostrar alguns aspectos formativos nossos e aí a gente deu prioridade para mostrar algumas iniciativas que conseguem conciliar ensino, pesquisa e extensão que é justamente a feição formativa da Rede Federal”.
Os alunos das Empresas Jr. do Campus Guanambi mostraram seu tino empreendedor e também solidário junto à comunidade em momentos de crise como enchentes e pandemia; já as alunas de projetos de extensão e pesquisa agrícola e de educação ambiental mostraram que no contato com a comunidade, elas não apenas ensinavam as técnicas adquiridas na escola, mas também aprendiam com as agricultoras e agricultores técnicas e conhecimentos tradicionais populares.
Entre as lembranças que os moçambicanos levarão do IF Baiano estão as pinturas de plantas importantes para religiões de matriz africana no Brasil, feitas pelos alunos da professora Nelma Barbosa e que foram doadas aos visitantes, com a promessa de serem expostas nas paredes do Centro em Moçambique.
Quando perguntada se ela imaginaria que as pinturas iriam para a África, a professora destacou que foi uma surpresa do ponto de vista institucional, mas não do ponto de vista afetivo. “A gente é geograficamente separado, mas a gente está junto desde sempre, acho que a gente tem muito mais coisas que nos unem do que nos separam”, afirma a professora.
O pesquisador Manoel Maleia, do Centro de Melhoramento e Investigação da Semente do Algodão de Namialo, relata ter gostado de conhecer a articulação entre ensino, pesquisa e extensão, e perceber como as iniciativas valorizam o pequeno produtor e comunidades locais. “Também gostei muito das iniciativas de Empresas Jr. que promovem o empreendedorismo nos jovens, o saber fazer e a promoção do autoemprego; e também gostei do projeto de pesquisa e extensão com as comunidades; foi muito forte, essa promoção da agroecologia foi uma experiência muito boa”, conta Maleia.
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