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O IF Baiano participou do VIII Encontro Nacional de NEABs, NEABIs e grupos correlatos (ENNEABI 2025), realizado de 04 a 06 de junho no Instituto Federal do Amapá, em Macapá. O evento reuniu representantes de instituições de ensino e comunidades tradicionais para debater questões étnico-raciais, culturas afro-brasileiras e indígenas, políticas afirmativas e educação antirracista.

Representaram o IF Baiano servidores e estudantes dos campi Teixeira de Freitas, Governador Mangabeira, Guanambi e da Reitoria. Entre eles: Chintamani Santana Alves (coordenador do NEABI), Rosane Santos (técnica de laboratório), Maria Asenate Franco (assistente social), e os discentes, do campus Guanambi, Daniela Aires, Camila Vitoria, Fernanda Santos, João Vitor Ramos, Rayany Santos e Tais Carolane Almeida, membros do grupo de pesquisa HAFROQI, liderado pela professora Daniele de Brito Trindade.

Os representantes participaram de fóruns, apresentações culturais, rodas de conversa e sessões temáticas, levando ao evento trabalhos de pesquisa e extensão. Chintamani destacou a importância do ENNEABI como espaço de articulação nacional; ele integrou um fórum sobre a inserção dos NEABIs na estrutura administrativa da Rede Federal, que propôs a criação de funções gratificadas para coordenadores dos núcleos, orçamento mínimo e criação de uma diretoria sistêmica para ações afirmativas.  Durante o evento, um documento, que é resultante dos debates, foi construído para a orientação da atuação coletiva dos NEABIs, em âmbito nacional dentro da Rede.

Para Chintamani, o evento reafirma, a cada edição, a importância dos NEABIs tanto na produção científica quanto no enfrentamento ao racismo, no fortalecimento da educação para as relações étnico-raciais e na defesa de ações afirmativas. Rosane Santos apresentou dois projetos do campus Teixeira de Freitas: “Arvorecer Negro” e “Redescubra-se”, voltados à valorização da identidade negra e ao fortalecimento da educação antirracista. Já Maria Asenate apresentou o projeto “Sankofa: de Luísa Mahin a Luíza Bairros”, que desenvolve ações educativas com estudantes de escolas do território seu campus, ela também participou do fórum sobre permanência e êxito de estudantes negros na Rede Federal.

Estudantes do campus Guanambi participaram ativamente das atividades e apresentaram pesquisas sobre saberes quilombolas, culinária ancestral e uso de plantas medicinais. Camila Vitoria, estudante de Ciências Biológicas, afirmou: “Apresentar o trabalho a um público diverso e receber feedbacks ampliou minha visão e me motivou ainda mais.”

Para Tais Carolane, do curso de Engenharia Agronômica, o evento foi um marco em sua jornada: “Cada fórum, cada oficina, cada projeto compartilhado transbordaram meu coração de tanta emoção. Em cada relato e experiência dividida, eu pude sentir na pele e na alma a urgência e a importância de lutar cada vez mais pelos nossos direitos.” Já para Daniela Aires, estudante de Tecnologia em Agroindústria, representar o grupo de pesquisa em um evento nacional foi uma experiência marcante e transformadora. “Apresentar o projeto Culinária Ancestral […] compartilhando a riqueza cultural do Sertão Produtivo com pessoas de diferentes regiões, foi algo que me tocou profundamente. Além disso, os convites recebidos para levar essa experiência a outras instituições e as trocas vividas com colegas e pesquisadores me motivaram ainda mais a seguir nesse caminho”, afirma.

A participação dos estudantes foi possível com apoio do Programa de Apoio à Permanência e Qualidade do Ensino (PROPAC), colegiados, servidores e uma campanha de financiamento coletivo.

Para Roseane Santos, o ENNEABI é um local seguro que forja identidades e fortalece os participantes para a luta por uma educação antirracista. A próxima edição do ENNEABI será no IFPB, campus Sousa e a coordenação do NEABI – IF Baiano espera levar para Sousa uma delegação ainda maior.

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