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O Instituto Federal Baiano formalizou nesta quarta-feira, 9, um Acordo de Cooperação Técnica entre o Instituto e a Escola Família Agrícola do Sertão (Efase). O objetivo da parceria é promover formação para jovens e adultos oriundos de áreas de reforma agrária. A previsão é que sejam ofertados dois cursos: um curso técnico integrado em Agroindústria e um curso superior, da modalidade tecnólogo, em Agroecologia.

Representantes da Efase e do IF Baiano assinaram Termo de Cooperação em reunião realizada nesta quarta-feira, 9, na Reitoria.

A ação será subsidiada pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

A Efase, localizada no município de Monte Santo, é a maior Escola Família Agrícola que existe no país e atende quase 600 estudantes no Território do Sisal, por meio da promoção de Educação no campo através da pedagogia da alternância – metodologia que propõe intercalar um período de convivência do aluno na sala de aula com outro no campo.

A cooperação técnica é fruto de trabalhos conjuntos desenvolvidos há dois anos com a ajuda de pesquisadores do IF Baiano. Segundo Gabriel Troillo, coordenador pedagógico da Efase, a escola procurou o IF Baiano para auxiliar no processo de aplicação de um novo curso que pudesse ser financiado pelo Pronera. Hoje, duas turmas estão em andamento.

“Uma turma está dentro da Efase, que começou com 60 estudantes, e a gente conseguiu fundar uma outra unidade da Escola Família Agrícola no Sertão do Rio São Francisco, região oeste, junto com o o maior movimento de luta pela terra da Bahia. Então, a gente conseguiu reunir estudantes de área quilombola e reforma agrária que construíram essa nova escola lá. Então, um dos frutos que a gente tem que observar dessa parceria foi criar uma nova Escola Família Agrícola no território da Bahia”, contou o representante da Efase.

O papel do IF Baiano no projeto será de coordenar o processo de ingresso dos estudantes nos cursos, realizar o acompanhamento pedagógico, registro acadêmico, entre outras ações. A iniciativa faz jus ao proposto no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) em relação ao fortalecimento da agricultura familiar.

“Estamos no processo de execução de uma política pública. É um processo de interiorização do ensino técnico em que a gente vem trabalhando e atingindo pessoas oriundas de assentamentos de reforma agrária, de áreas quilombolas e de comunidades de fundo de pasto que é uma comunidade tradicional que só existe na Bahia”, explica o Coordenador de Difusão Técnica, Científica e Cultural do IF Baiano, Aurélio Carvalho.

Os alunos que serão beneficiados pelos cursos terão suas matrículas vinculadas ao Campus Serrinha, responsável pela operacionalização financeira, a qual inclui pagamento de professores e monitores e repasse do auxílio estudantil destinado a permanência dos estudantes. O Diretor Geral do Campus, Erasto Viana, ressaltou a importância da parceria que vai permitir “aprender e trocar conhecimentos acerca de educação no campo e das metodologias que os povos do campo e os diferentes atores ligados ao campo têm trabalhado”.

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• Cooperação técnica
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