Uma parceria entre o Instituto Federal Baiano e o Instituto Federal do Piauí tem trazido mais celeridade ao processo de expansão dos Institutos. O IF Baiano criará unidades nos municípios de Remanso, Ribeira do Pombal, Ruy Barbosa e Santo Estêvão e já deu início ao processo licitatório para a construção dos campi.
Com a decisão do Governo Federal de criar 100 novos campi, em março de 2024, os Institutos começaram o processo de implantação das unidades, que envolve desde as tratativas com autoridades locais para definição do espaço até a consulta à comunidade para entender a demanda por cursos, o processo licitatório para construção, a criação do projeto arquitetônico, entre outras etapas. Tudo isso demanda tempo e organização. Ao unirem esforços, os Institutos Piauí e Baiano foram os primeiros a iniciar a licitação para a construção de suas novas unidades.
Nesta quinta-feira, 12, os reitores, Aécio José Duarte (IF Baiano) e Paulo Borges (IF Piauí), as equipes de engenharia do IF Baiano e do IF Piauí, além de engenheiros da SETEC/MEC e servidores que estão no Comitê de Expansão do IF Baiano, reuniram-se para oficializar a parceria. “Hoje, na companhia do professor Paulo Borges, reitor do IF Piauí, fizemos um momento de valorização de um processo ao qual estamos submetidos na nossa Rede, que é o processo de expansão das unidades dos Institutos Federais. Cumprimos a primeira etapa da tarefa, que é a licitação das 4 novas unidades do IF Baiano e, ontem, recebemos parte do recurso da expansão e da consolidação dos campi existentes, onde serão construídas bibliotecas e refeitórios. Para que isso aconteça, foi fundamental a parceria com o IF Piauí, porque os projetos e toda a atividade foram feitos conjuntamente com o IF Piauí”, afirma o reitor Aécio Duarte.
Para o reitor do IF Piauí, Paulo Borges, essa parceria é a maior prova de que, unidos, os IFs se fortalecem mais. “Com essa expansão e consolidação, há uma necessidade de que a união ocorra cada vez mais, para que possamos colocar tudo em prática. Ou seja, hoje estamos lançando os novos campi do Instituto Federal Baiano; na semana passada foram licitados três do Instituto Federal do Piauí. O Nordeste recebeu 38 unidades. Temos que acelerar cada vez mais essa expansão e consolidação, porque o povo nordestino precisa ser beneficiado em sua totalidade”, explica.
Para Edson Silva da Fonseca, engenheiro da SETEC, o fato de o IF Piauí ser o primeiro a iniciar a expansão e compartilhar com o IF Baiano os acertos e ajustes necessários no processo licitatório fez com que o IF Baiano acelerasse seu processo, sendo o segundo IF a lançar a licitação para a construção das novas unidades. Para ele, isso mostra que de fato os Institutos são uma rede e que não há competição, mas colaboração entre eles.
A parceria entre os dois Institutos surge a partir da integração entre os IFs do Nordeste, que têm promovido encontros periódicos entre os gestores. De acordo com Eduardo Emílio Câmara, coordenador geral de planejamento e gestão SETEC/MEC da SETEC, é interessante divulgar esse tipo de ação dentro da rede para que essa organização que o Nordeste fez seja replicada. “A ideia é que no CONIF todos estejam reunidos e conectados, mas como esse processo ainda está em andamento, acho que essa união, a partir da regionalização, ocorre de uma forma muito interessante, e, se conseguíssemos replicar isso para toda a rede, seria fundamental”, afirma.
De acordo com o diretor executivo Marcelito Trindade e com o assessor especial Rodney Barbosa, as audiências públicas nas cidades que receberão os novos campi têm tido uma adesão acima do esperado. Diante do engajamento das comunidades locais com a implantação dos campi, o IF Baiano pretende começar a ofertar cursos FIC e do Pronatec nas cidades antes mesmo da inauguração das unidades.
O engenheiro Edson Fonseca avalia que não é à toa a expectativa da população com a chegada dos campi, pois os ganhos para os municípios são vários. “Estamos falando de 25 milhões de investimento nos novos campi. Então, você já pensa que 5% desse valor é de imposto (ISSQN), que vai direto para a prefeitura, ou seja, é investimento direto no caixa da prefeitura para retornar à comunidade. Se pensarmos que haverá 70 professores e 45 técnicos administrativos, recebendo salário e investindo na cidade, comprando casa, gastando ali, isso vai além do ganho para os alunos, que terão mais 1.400 vagas. O ganho social também é muito grande: estamos falando de mais casas novas construídas, mais dinheiro na prefeitura, mais saúde, mais praças, mais rodovias. Tudo isso movimenta a economia geral e transforma”, explica.
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