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Ideia de professor e aluno do IF Baiano é classificada para etapa mundial de competição da NASA
Atualizado em 1 de novembro de 2022 às 15h06 | Publicado em 22 de outubro de 2021 às 14h37

Eles e outros 3 pesquisadores ajudaram a desenvolver ideia de ferramenta que monitora qualidade e alerta sobre a presença de cianobactérias na água

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O estudante Alécio Sander e o professor Heithor Queiroz, do IF Baiano Campus Guanambi, integram uma das equipes brasileiras classificadas para a etapa mundial do Nasa Space Apps Challenge 2021, um hackathon (maratona de ideias) internacional organizado pela Divisão de Ciências da Terra da Nasa (Nasa Earth Science Division).

A equipe, intitulada “Arretados Tech”, foi classificada após participar da etapa local do evento, que ocorreu no início de outubro, e agora compete na etapa global com outras 187 equipes na categoria Space For Change. Além dos integrantes do IF Baiano, compõem o time, os pesquisadores do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), Janiele Nery e Gleydson Nery, e a graduanda em Química Industrial da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Karina Brito. 

No desafio proposto na competição, as equipes tiveram 48h para identificar regiões em situação de risco ambiental e propor, utilizando dados de observação da Terra da NASA, soluções viáveis e com efeitos igualitários para comunidades marginalizadas. A ideia apresentada pela Arretados Tech foi de uma ferramenta de monitoramento que permite o disparo de alertas à população sobre a ocorrência de cianobactérias em reservatórios de abastecimento de água. 

Equipe que desenvolveu a proposta participando do evento local do Nasa Space Apps Challenge 2021, que garantiu a indicação para a etapa global.

“A próxima etapa é ser avaliado pelos especialistas da NASA. Estamos aguardando o resultado que será publicado dentro de alguns meses”, explica o estudante do curso Técnico em Agropecuária do Campus Guanambi, Alécio Sander. “Participar da primeira etapa foi algo muito novo e emocionante, foi minha primeira participação em um evento tão grande como é o hackathon da NASA. Foi um desafio e tanto que nos fez pensar fora da caixinha, trabalhar nossas ideias para ajudar a equipe, administrar o tempo de forma inteligente e trabalhar em equipe” relatou. 

Segundo o professor do IF Baiano e líder da equipe, Heithor Queiroz, a expectativa é de continuar a executar o projeto independentemente do resultado do hackathon. “Para nós já foi uma vitória ter participado e ter chamado a atenção da comissão nacional do evento e ter recebido essa indicação para o [julgamento] global. O mais importante para nós foi essa experiência e ter desenhado algo que é viável e pode ser aperfeiçoado para o benefício da população”, comentou.  

Protótipo é resultado de pesquisas em andamento no IF Baiano 

Nomeada como CyanoAlert System, a ideia é criar um sistema formado por um site com informações educativas, mapas e fornecimento de alertas SMS sobre o nível de cyanoHAB e práticas de cuidado. Para isso, as imagens da Sentinel 2 e 3 (ESA) seriam utilizadas para alimentar o sistema e possibilitar o monitoramento semanal. 

Nesse sentido, o projeto ajudaria a informar a população sobre a proliferação de algas nocivas cianobacterianas (cyanoHAB) na região do semiárido. Devido as suas toxinas, as cyanoHAB podem causar doenças, óbitos e malformações em pessoas e animais que consomem a água contaminada. Ainda segundo o argumento da proposta, não há políticas públicas que promovem a disseminação de informações sobre os riscos dessa exposição.

Apesar de ter sido pensado para aplicação na região semiárida, o projeto tem condições de ampliação de escala para nível continental e global. “Embora haja outros sistemas de acompanhamento das cianoHAB, a grande novidade da proposta está no método de detecção, que relaciona a absorção integrada de clorofila-a com densidade/biovolume das cianoHAB”, explica Queiroz. 

Ainda segundo o especialista, durante o hackathon foram desenvolvidos algoritmos de Inteligência Artificial para processamento de imagens dos satélites Sentinel 2 e 3 da Agência Espacial Europeia – ESA, que alimentam o CyanoAlert System, permitindo o monitoramento semanal. “A nível de protótipo, desenhamos a solução para fornecer alertas para a população, baseados no nível de concentração de cianoHAB, considerando as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), o que também torna o projeto inovador”, concluiu.

Os dados utilizados para propor a solução também fazem parte dos resultados de pesquisas que vêm sendo desenvolvidas no Campus Guanambi, com a orientação do professor Heithor Queiroz e financiadas pelos editais de Chamada Interna Propes do IF Baiano desde 2020. O atual projeto em andamento é intitulado “Mapeamento da concentração de Clorofila-a em sistemas aquáticos artificiais usando imagens Sentinel 2 MSI” contemplado na Chamada Interna PROPES Nº 07/2021 (PIBIC-EM/IF BAIANO). 

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