O estudante do Campus Governador Mangabeira, João Vitor dos Santos, acaba de ser aceito no curso de Ciência da Computação em uma das universidades mais reconhecidas do mundo: a Northwestern University. Fundada em 1851, a instituição integra de forma consistente o grupo das melhores universidades dos Estados Unidos da América, figurando em rankings internacionais, como o QS World University Rankings, Times Higher Education e U.S. News & World Report.
A trajetória de João Vitor rumo à internacionalização não começou agora. Desde o primeiro ano do curso Técnico em Informática integrado ao ensino médio, ele vem buscando e conquistando oportunidades educacionais fora do país. Seu primeiro intercâmbio foi para a Argentina, em janeiro de 2024. A experiência foi decisiva para transformar um desejo distante em um projeto concreto. “Foi lá que eu comecei a perceber que estudar fora era, sim, uma opção — e uma opção muito boa. Voltei para o Brasil depois de cerca de três semanas determinado a buscar novas oportunidades e com muita vontade de continuar”, conta.
João Vitor explica que a ideia de estudar fora surgiu de forma inesperada. Como muitas crianças brasileiras, seu primeiro sonho de conhecer o mundo veio pelo futebol. No entanto, foi no IF Baiano que ele encontrou incentivo e caminhos para ampliar seus horizontes por meio da educação. “Eu não tinha noção de que queria estudar fora, nem de como funcionava esse processo. Mas, ouvindo professores falarem sobre intercâmbio e buscando oportunidades, encontrei a chance de ir para a Argentina. Foi lá que tudo mudou”, relata.
O ano de 2024 foi marcado por desafios intensos. Foram muitos projetos, tentativas e candidaturas a programas internacionais. “Nesse processo, fui recusado em algumas oportunidades, mas também encontrei o PREP – Estudar Fora e um programa de verão para passar 15 dias na Universidade de Yale, para o qual fui aprovado”, explica o estudante.
Para João Vitor, essas duas experiências, vividas em 2025, mudaram completamente o rumo da sua vida. O PREP é um programa preparatório voltado a estudantes que desejam ingressar em universidades no exterior, oferecendo apoio acadêmico, emocional e financeiro, além de orientação estratégica para a construção de uma candidatura sólida — suporte que foi fundamental para sua aprovação na Northwestern University, no curso de Ciência da Computação. Já o Yale Young Global Scholars (YYGS), programa de verão em Yale, proporcionou um mergulho intenso na língua inglesa e em estudos nas áreas de literatura, cultura e filosofia. “Lá, eu aprendi o quão grande o mundo é. Essa experiência só aumentou ainda mais a minha vontade de estudar fora”, afirma.
Ao longo de todo o ano, João Vitor contou com o acompanhamento do PREP na elaboração da candidatura. O processo incluiu a escrita de diversos textos, como o personal statement — uma narrativa mais íntima e pessoal sobre sua trajetória —, os supplemental essays, exigidos individualmente pelas universidades, a construção do school profile e a organização da documentação financeira necessária para a solicitação de bolsas.
A assessora de Relações Internacionais do IF Baiano, Cinira Fernandes, destaca o empenho da instituição em fazer com que as oportunidades de intercâmbio cheguem aos estudantes. Para ela, exemplos como o de João Vitor contribuem para fortalecer a cultura da internacionalização. “A gente precisa mostrar aos nossos alunos a importância da internacionalização no futuro deles e que muita coisa só depende deles, não depende nem da gente”, afirma.
Durante o processo de preparação, o IF Baiano custeou as passagens do estudante e João Vitor contou com o apoio de professores, responsáveis, por exemplo, pelas cartas de recomendação. Ainda assim, Cinira ressalta que a aprovação é resultado, sobretudo, do empenho do aluno.
“Foi um ano inteiro de noites mal dormidas, estresse e muitas preocupações. Mas, no dia 16 de dezembro, recebi a notícia de que fui aceito na universidade que eu mais queria: a Northwestern University, no curso de Ciência da Computação. Hoje, posso dizer que sou um estudante da Northwestern e que, no próximo ano, vou estudar em uma universidade americana de ponta, uma das melhores do mundo”, comemora João Vitor.
Para a assessora de Relações Internacionais, o IF Baiano tem um perfil de estudante que interessa às universidades estrangeiras – alunos que fazem pesquisa, extensão, monitoria, que participam de olimpíadas de diferentes áreas. Ela destaca que João Vitor foi aprovado em uma seleção muito concorrida e se destacou pela sua trajetória cheia de ricas experiências. “Então, isso aí é que, justamente, a gente precisa mostrar aos nossos alunos, que eles têm as mesmas oportunidades de qualquer um, de qualquer escola particular, porque, inclusive, eles disputaram com alunos de colégio particular também”, afirma Cinira.
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