Neabi Itapetinga realiza edição 2020 do Julho das Pretas em formato digital por conta da pandemia
Entre os dias 22 e 24 de julho, sempre às 19h, o Campus Itapetinga transmitirá o evento Julho das Pretas, através do canal do Youtube do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi). Com o tema feminismo negro, o evento, realizado desde 2017, precisou, este ano, ser adaptado ao contexto da pandemia e será totalmente online. O link para inscrições e obtenção de certificado será disponibilizado na abertura, durante a transmissão.
Para a pedagoga e vice-coordenadora do Neabi Itapetinga, Janine Macedo, o debate sobre o feminismo negro tornou-se algo crucial para discutir as desigualdades no Brasil. “Historicamente, as mulheres negras ocupam os últimos lugares na pirâmide social. Educação, moradia, emprego, segurança, entre outros serviços básicos, são duplamente mais difíceis de serem acessados por essas mulheres por dois marcadores sociais centrais: o machismo e o racismo. Com a conjuntura do isolamento social e do acirramento da Covid-19, essa condição de vulnerabilidade acentuou-se ainda mais”, afirma.
Nesse contexto, segundo a pedagoga, o Julho das Pretas deste ano, ainda que não presencial, assenta-se na histórica marcha e resistência dessas mulheres que pautam suas lutas na implantação, ampliação e implementação de políticas afirmativas pelo bem viver. A programação conta com três debatedoras que construíram suas vidas profissionais, acadêmicas e pessoais na luta por uma educação de acesso e igualdade.
Na mesa de abertura, no dia 22, Lenny Blue de Oliveira, que é co-fundadora do Movimento Negro Unificado – MNU, advogada e jornalista, trará um debate sobre o protagonismo de Lélia Gonzalez e sua representatividade para o feminismo negro. Na segunda mesa, no dia 23, a professora Eline Santos, geógrafa do IF Baiano Campus Lapa, fará um debate sobre como a sua proximidade com mulheres negras extrativistas a fez descobrir-se uma mulher negra. Encerrando o evento, dia 24, Jacquinha Nogueira, professora, escritora e poeta, trará, por meio de suas poesias e escritos, a necessidade de intensificar a representação da literatura negra feminina nas escolas.
Nas edições presenciais, o Julho das Pretas já contou com várias parcerias, como o Grupo de Pesquisa em Educação, Diversidade, Linguagens e tecnologias (GEPEDET), o Centro de Referência da Mulher, a Universidade Estadual do Sul da Bahia, Prefeitura Municipal de Itapetinga, Biblioteca Pública Municipal, escolas estaduais e municipais de Itapetinga, o Centro Territorial de Educação Técnica de Itororó e o Movimento LGBTQI+ e de Religiões de Matriz Africana da região.
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