Crescente em investimento, tecnologias e faturamento, a indústria de jogos digitais no Brasil tem sido destaque também nas pesquisas acadêmicas. Na Bahia, o tema é objeto de estudo do recém-lançado livro “Cena baiana de jogos digitais: um olhar a partir da sua organização produtiva e análise de redes sociais complexas”.
Uma perspectiva inédita e diferenciada desse cenário é o que o leitor encontra na obra, que apresenta os bastidores dos grupos de desenvolvedores locais. Pesquisadores, profissionais da indústria de jogos e estudantes são convidados a compreender as redes de informação e criação que permeiam o segmento.
O e-book “apresenta uma análise sem precedente das redes complexas do ecossistema baiano, em uma metodologia não aplicada em nenhum outro estudo brasileiro da indústria de games, e que cria uma camada qualitativa de informações muito importante para entendermos nossos gargalos e oportunidades”, revela Pedro Zambon, consultor da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos, ao assinar o prefácio da obra.
Por trás das 64 páginas, estão os colaboradores da Rede de Pesquisa Comunidades Virtuais, criada há 20 anos e que tem o objetivo de investigar as questões relacionadas à cultura digital e suas interfaces.
Entre estudantes, técnicos, pesquisadores nacionais e internacionais, o coletivo reúne 160 membros ativos. E à frente da produção do livro, assinam o “Cenário baiano de jogos digitais” os pesquisadores Romero Moura Junior, professor do IF Baiano – Campus Catu, Lynn Alves (UFBA) e Carmen Lima (UNEB).
A linguagem didática e a riqueza de dados no retrato da realidade dos jogos digitais são fruto do trabalho de várias mãos. “Os estudantes participaram e participam ativamente de todo o desenvolvimento dos nossos projetos, cada um dentro da sua área de conhecimento”, explicou o Prof. Romero.
O autor destaca, ainda, a importância da discussão no âmbito acadêmico. “Percebeu-se que o elemento integrador entre esses atores [elos da indústria de jogos na Bahia] é a universidade, visto que uma instituição acadêmica não representa concorrência. Portanto, é vista como uma parceira nos processos de formação e desenvolvimento”. O diálogo na comunidade acadêmica pode ser a mola propulsora necessária para o subsídio de ações e práticas em nível de processos formativos, para o fortalecimento dos players e o implemento de políticas públicas para jogos digitais.
Confira o e-book completo, de forma gratuita em repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33977
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