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Abelhas-sem-ferrão movimentam ensino, pesquisa e extensão no Campus Uruçuca
Atualizado em 12 de março de 2025 às 13h01 | Publicado em 12 de março de 2025 às 13h01
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O Campus Uruçuca do Instituto Federal Baiano (IF Baiano) tem se destacado como um polo de pesquisa, ensino e extensão na meliponicultura, a criação de abelhas-sem-ferrão. Desde 2017, a instituição tem desenvolvido projetos para a conservação e o manejo desses polinizadores, promovendo capacitação, sustentabilidade e geração de renda para comunidades locais, através do beneficiamento do mel.

A iniciativa teve início com um projeto de Iniciação Científica e, em 2020, consolidou-se com um meliponário estruturado para fins didáticos e como banco de multiplicação de colônias. Atualmente, o campus cultiva diversas espécies, como Melipona mondury (Uruçu-amarela), Jataí, Boca de Sapo e Marmelada, ampliando o conhecimento sobre a biodiversidade local e sua importância ecológica.

A meliponicultura não apenas reforça a consciência ambiental, mas também proporciona oportunidades de renda para agricultores familiares. Desde 2019, o campus oferece cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) em assentamentos e comunidades indígenas, capacitando produtores para o manejo correto das colônias e a produção de mel.

Os produtores locais têm se aproximado do IF Baiano, enxergando-o como um parceiro estratégico na cadeia produtiva do mel. A primeira colheita oficial ocorreu em 2023, com uma segunda edição prevista para março deste ano. Para viabilizar essa produção, o setor de apicultura e meliponicultura passou por reformas e aprimoramentos, permitindo que o beneficiamento do mel fosse realizado no próprio campus.

O projeto “Uruçu na Cabruca”, fruto de uma parceria entre o IF Baiano e o Tabôa Fortalecimento Comunitário, fortalece ainda mais essa cadeia produtiva. Cada agricultor recebe colmeias, caixas para multiplicação, insumos para alimentação das abelhas e assistência técnica. Além disso, toda a produção de mel é adquirida pelo Tabôa, garantindo um preço justo de R$ 150 por quilo.

A relevância da meliponicultura transcende os aspectos econômicos. De acordo com a professora Julianna Alves Torres, que, entre outras áreas, atua na área de Apicultura e Meliponicultura no Campus, as abelhas-sem-ferrão desempenham um papel vital na polinização da Mata Atlântica, promovendo a conservação da biodiversidade. O trabalho desenvolvido no campus impacta, portanto, não só na polinização, mas no aumento do número de colmeias na natureza. Das 462 espécies de abelhas-sem-ferrão descritas no mundo, 56% são encontradas no território nacional, algumas com elevado potencial para o desenvolvimento agroecológico sustentável. 

O mel produzido por essas abelhas tem se tornado um produto altamente valorizado, considerado mais saudável devido ao menor teor de açúcar, maior acidez e maior umidade. O IF Baiano, ao fomentar essa prática, fortalece não apenas o ensino e a pesquisa, mas também o empreendedorismo e o desenvolvimento comunitário, consolidando-se como um elo entre conhecimento acadêmico e impacto social.

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