Foi lançado, nesta segunda-feira, 9, o quarto e último episódio, da primeira temporada, do programa “Somos Mulheres no IF Baiano”. O programa traz discussões sobre questões de raça e gênero e as ações adotadas no âmbito do Instituto Federal Baiano para o combate a qualquer tipo de discriminação.
Neste episódio, gravado no mês de março, a apresentadora Cristina Mascarenhas, diretora de Comunicação do IF Baiano, recebe a então coordenadora Políticas de Ações Afirmativas, Equidade e Diversidade, Rafaela Magalhães, e a professora de Educação Física do campus Catu, Fernanda Palmeira.
As convidadas abordaram experiências e ações afirmativas adotadas dentro e fora da instituição. A professora Rafaela Magalhães destacou a importância da produção de documentos que norteiem debates e ações e da criação da Política de Equidade, Diversidade e Inclusão do IF Baiano. Ela destacou ainda a necessidade do reforço às ações de combate ao assédio sexual. “A gente precisa enfrentar esse problema do assédio falando sobre ele e também fazer esse processo formativo com os nossos estudantes meninos. A gente não vai conseguir mudar o modelo de sociedade se a gente não conscientizar os estudantes meninos que esta forma que foi ensinada para eles não é uma forma legal, que a gente precisa ter outro elemento de valorização, de respeito à individualidade dessa mulher, aos seus desejos e ao que ela quer”.
A professora Fernanda Palmeira trouxe dados da sua pesquisa sobre a participação das meninas no esporte escolar e os preconceitos que ainda existem. “Eu vou trazer para vocês o meu cenário, o campus Catu, onde eu desenvolvi a pesquisa. Hoje a gente tem um público do ensino médio integrado majoritariamente feminino, mas essa quantidade de matrículas não se reflete nas meninas que se inscrevem para fazer a prática esportiva. O que é que motiva esse afastamento das meninas dessa prática esportiva? Um dos principais motivos que as meninas apontam como justificativa do seu afastamento é exatamente o que os homens falam. Todas vivenciaram experiências negativas ou traumáticas no ponto de inferiorizar, desvalorizar, e isso fez com que elas não se sentissem capazes. O esporte passou a ser para elas um não lugar”.
Confira o episódio completo no nosso canal, a TV Bem Baiano.
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