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Estudante quilombola do IF Baiano apresenta pesquisa em sua comunidade de origem
Atualizado em 1 de agosto de 2022 às 11h11 | Publicado em 5 de outubro de 2018 às 13h36

Trabalho aborda a luta pela garantia de direitos do povo da comunidade quilombola de Baixa Grande, localizada no Recôncavo Baiano.

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Um significativo encontro entre academia e sociedade foi protagonizado por pesquisadores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano), Campus Governador Mangabeira, e moradores do Remanescente de Quilombo da Baixa Grande, localizado no distrito de São José de Itaporã, zona rural de Muritiba, Bahia.

A junção foi motivada pela apresentação do trabalho de conclusão de curso de pós-graduação do estudante do IF Baiano, Joilson Fiúza, realizada no “chão” da própria comunidade, no dia 22 de setembro. A pesquisa tem relação direta com o povo do remanescente de quilombo e com o próprio autor, que pertence à comunidade. “Foi tão bom ver a ‘casa’ cheia, somando forças nesse momento coletivo de luta. Foi lindo ver a comunidade reunida num momento decisivo não só pra mim, mas para os rumos da própria comunidade”, relatou Fiúza.

A pesquisa “Coletividade Insurgente: protagonismo, tensões e territórios” conclui a trajetória do estudante no curso de pós-graduação lato sensu em História e Cultura Afro-brasileira e Indígena do Instituto Federal Baiano Campus Governador Mangabeira. O trabalho aborda o protagonismo do Coletivo Chico Véi no pleito pela garantia de direitos da comunidade quilombola Baixa Grande e busca destacar os enfrentamentos contemporâneos em defesa de uma educação quilombola, antirracista e descolonial, protagonizada pelo Coletivo.

Segundo Fiúza, a ideia de abordar a temática surgiu da motivação pessoal e da vontade de trazer um novo olhar sobre a comunidade. “Espero realmente que essa defesa promova mudanças importantes na vida dos moradores da comunidade; que a gestão municipal de Muritiba e a Secretaria de Educação possam ter um olhar atento e sensível às demandas de Baixa Grande. Que possamos assumir integralmente o destino da educação na Escola Pedro Bispo, a partir de nossas experiências, de nossas memórias e de nossos saberes. Que possamos decidir que educação é essa queremos, sem a imposição de uma única voz que diz o que devemos aprender. Queremos ser ouvidos e participar dessa construção junto com a gestão municipal”.

Ainda de acordo com o pesquisador, espera-se que o trabalho chame a atenção do poder público e colabore, trazendo soluções práticas para melhoria da educação na comunidade. “Esse trabalho não para por aqui, até porque as políticas públicas ainda não foram efetivadas. Pretendo levar a pesquisa para outros espaços, até que um dia possamos assumir integralmente o destino da escola Pedro Bispo, que foi pensada desde o início pela e para a comunidade”.

Fotos: Thuane Maria 

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