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Concurso de Redação sobre Direitos Humanos premia alunas dos campi Uruçuca e Guanambi com notebooks
Atualizado em 21 de outubro de 2024 às 10h56 | Publicado em 21 de outubro de 2024 às 10h56
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As palavras, quando organizadas com sensibilidade e reflexão, podem transformar realidades. E foi justamente o uso criterioso da linguagem que levou três estudantes do Instituto Federal Baiano (IF Baiano) a conquistarem os primeiros lugares no Concurso de Redação, cujo tema foi “Direitos Humanos, prática de vida”. As alunas Emily Nascimento da Silva (Campus Uruçuca), Ana Leticia Santana Carneiro e Maria Luísa de Jesus Cotrim (ambas do Campus Guanambi) se destacaram por suas abordagens reflexivas e originais sobre questões sociais relevantes.

O concurso, realizado pelo Programa Direito + Vida, foi destinado a alunos do 3º ano do ensino técnico integrado ao médio, com o objetivo de fomentar o debate sobre Direitos Humanos entre os estudantes do IF Baiano. Contou com a participação de 297 alunos de 10 campi da Instituição, incentivando não apenas a escrita, mas também a análise crítica de temas fundamentais para a sociedade contemporânea.

Exercício da escrita e a importância de ter referências

Emily Nascimento conquistou o primeiro lugar e reconheceu o concurso como uma chance para aprimorar suas habilidades. Para ela, a competição proporcionou um espaço para explorar e expressar suas ideias sobre Direitos Humanos . “O tema foi bem amplo nas questões dos Direitos Humanos… deixaram a gente explorar bastante o tema,” explicou Emily. Em sua redação, ela abordou a desigualdade social e a omissão do Estado, utilizando como referências a Constituição de 1988, o filósofo John Locke e a música O Homem que Não Tinha Nada. Ela destaca que a leitura desempenha um papel central no desenvolvimento de uma boa escrita e argumentação.

Ana Leticia viu no Concurso de Redação uma oportunidade de praticar sua escrita e abordar um tema que considera crucial. “Sempre tive muito interesse na prática da redação, e a oportunidade do concurso foi muito atrativa”, afirmou. Ao escolher o tema dos direitos humanos, ela optou por uma abordagem crítica, destacando a discrepância entre a teoria e a realidade. Inspirada em Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, Ana Letícia usou a obra como base para explorar a falta de direitos básicos para grande parte da população. “O livro retrata vidas carentes de direitos básicos, chamadas pelo autor de ‘vidas severinas’. A metáfora é um nítido retrato social de uma significativa parcela dos brasileiros,” explicou.

Para Maria Luísa, a leitura foi fundamental no processo de construção argumentativa, permitindo uma conexão entre diferentes referências culturais e sociais. “No período do concurso, eu estava lendo um livro, que acabou harmonizando com a ideia que eu buscava trazer. Quando se fala em referencial teórico, logo se pensa em leis ou grandes intelectuais, mas eu acredito que livros de ficção ou até mesmo HQ’s (História em Quadrinhos) podem ser usados, basta interpretar as mensagens que a obra quer trazer e organizar as ideias que serão usadas”. Inspirada por Ensaio Sobre a Cegueira, do escritor português José Saramago, Maria Luísa conectou as reflexões do livro à realidade social, mostrando que obras literárias de ficção podem servir de base para discutir Direitos Humanos, não apenas teorias acadêmicas que se detenham na “letra da lei”.

O papel do apoio docente

Se a dedicação das estudantes foi fundamental para suas conquistas, o apoio dos professores desempenhou um papel igualmente decisivo. Tatiane Malheiros, professora de Língua Portuguesa no Campus Guanambi, foi uma das principais incentivadoras das alunas vencedoras do concurso sobre “Direitos Humanos como prática de vida”. Ela enfatizou o impacto desse processo: “Iniciamos com explanações sobre a importância do concurso e os benefícios que ele traria para a formação dos estudantes”. Ela destaca que foram realizados grupos de discussão sobre o tema, o que manteve todos informados e engajados.

Tatiane reforçou a importância de um trabalho coletivo e contínuo para o sucesso das estudantes. “Por fim, é importante destacar que as aulas de Língua Portuguesa e Literatura não encerram em si as possibilidades de uma produção textual eficiente. A criação de um ambiente colaborativo, multidisciplinar, com a participação de todos os docentes da Base Comum e da Área Técnica, são fatores importantes para a construção do conhecimento e, com efeito, das habilidades e competências dissertativas”, ressalta. Para ela, o apoio dos professores de Linguagens, desde o primeiro ano do Ensino Médio, foi crucial para que as alunas se sentissem seguras e confiantes durante todo o processo.

Premiação 

As três vencedoras foram premiadas com notebooks, entregues durante o Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão do IF Baiano, em Senhor do Bonfim. Além disso, todas as redações classificadas serão reconhecidas com certificados de mérito acadêmico e serão publicadas em um e-book, destacando o trabalho dos participantes.

Para o procurador do IF Baiano, dr. Osvaldo Almeida Neto, é importante discutir o Direito nas escolas, pois o Direito atravessa todas as áreas da vida em sociedade e o próprio Exame Nacional do Ensino Médio reforça isso, trazendo aspectos jurídicos nos temas das redações. “Além de promover discussões sobre direitos humanos na escola, esta é uma oportunidade para os discentes praticarem redação e se prepararem para o Enem”, afirma o procurador.

Confira o resultado aqui!

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