Três trabalhos do IF Baiano foram aprovados para apresentação no II Seminário de Educação do Campo e Ensino Agrícola da Rede Federal, que vai acontecer de 13 a 15 de junho de 2023, em Brasília.
A primeira edição do Seminário foi realizada de forma remota e, desta vez, o evento ocorrerá presencialmente, intensificando a troca de experiências e intercâmbio de boas práticas entre os campi agrícolas de todo o Brasil.
O Seminário é um espaço de estudos e debates sobre as dimensões de ensino, pesquisa, extensão e gestão, relacionando-as com as especificidades das propostas político-pedagógicas dos campi agrícolas da Rede Federal EPT e suas perspectivas de crescimento e fortalecimento enquanto política pública educacional de sustentabilidade do campo. O evento tem caráter propositivo e tem por finalidade dar visibilidade aos trabalhos desenvolvidos nesses campi que se localizam em sua maioria em área rural.
Os trabalhos aprovados foram:
Os produtos de Eliane e Rosimere são oriundos de suas pesquisas no Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica – ProfEPT, um Programa que busca incentivar a produção de conhecimentos sobre ou voltados para a Educação Profissional através do desenvolvimento de produtos educacionais e da realização de pesquisas que integrem os saberes inerentes ao mundo do trabalho e ao conhecimento sistematizado.
“O meu produto educacional é um Diário de Vivência e prática. Ele tem como objetivo compartilhar um pouco da vivência/experiência realizada com uma estudante do ensino médio integrado do Instituto Federal Baiano e agricultores familiares, assim como, apresentar a metodologia utilizada, relatando um pouco de cada etapa do projeto de extensão que se materializou a partir da prática do estágio de vivência”, explica Rosimere.
Para ela, a oportunidade de participar dessa seleção de relatos de experiências exitosas ocorridas nos Institutos Federais é uma boa oportunidade de socializar seu produto educacional com outros espaços que não fossem o IF Baiano. “A prática do estágio de vivência oportuniza aos estudantes dialogarem com outros saberes, fazendo uma correlação entre teoria e prática, além de possibilitar que o ensino ultrapasse os muros da escola, indo até a comunidade, associada à prática da pesquisa e da extensão”.
Durante a pesquisa de Eliane, surgiram reflexões significativas que possibilitaram aos/às estudantes desconstruírem ou reconstruírem alguns imaginários sobre o rural e o agrícola, associados no imaginário popular a atraso, trabalho excessivamente manual, dificuldades de renda e qualidade de vida, urbano como desejo de futuro. A partir da ressignificação desse imaginário, Eliane e os alunos construíram fichas com sugestões metodológicas para trabalhar questões do campo em sala de aula.
Em suas aulas de Projetos Integradores, a professora Patrícia levou os alunos de Agropecuária e Química para analisar situações problemas vivenciadas pelos agricultores da comunidade de Água Grande e, então, sugerir soluções. Eles se debruçam sobre problemas relacionados à qualidade do solo, como desenvolver sistema de irrigação, criação de animais, plantações, hortas, qualidade da água, entre outros. “É uma forma de a gente estar integrando os dois cursos com uma problemática real”, afirma a docente.
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