Durante o mês de julho, os NEABIs (Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas) integram um conjunto de atividades promovidas pelo movimento de mulheres negras do Brasil, conhecido como Julho das Pretas . Essa iniciativa, criada em 2013 em Salvador, Bahia, pelo Odara – Instituto da Mulher Negra , faz alusão ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha , celebrado em 25 de julho .
A data foi estabelecida em 1992 , durante o I Seminário Internacional de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe , realizado em Santo Domingo, República Dominicana. No Brasil, a relevância dessa celebração foi reforçada pela Lei nº 12.987/2014 (clique aqui ), que instituiu o “Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra” . A data homenageia a memória de Tereza de Benguela , líder do Quilombo do Quariterê, no Mato Grosso, que viveu no século XVIII.
Após a morte de José Piolho, companheiro de Tereza, ela assumiu o comando do quilombo e liderou a resistência contra a escravidão por cerca de duas décadas. Conhecida como a “Rainha Tereza”, sua trajetória é um exemplo de luta e resistência que inspira gerações na busca por liberdade e igualdade.
O Julho das Pretas busca dar visibilidade às mulheres negras, evidenciando suas lutas, conquistas e protagonismo. A cada ano, por meio de diversas ações, essa iniciativa:
O Julho das Pretas é mais do que uma celebração; é um espaço de resistência e afirmação. Ele reafirma a centralidade das mulheres negras nas lutas por justiça social e igualdade, reconhecendo seu papel fundamental na construção de um país mais inclusivo e equitativo. Ao dar visibilidade às suas vozes, o movimento contribui para a desconstrução de preconceitos e para a promoção de uma sociedade que valorize a diversidade e respeite os direitos humanos.
Confira como foi o Julho das Pretas 2024.