Os NEABIs (Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas) e grupos correlatos são uma realidade consolidada em diversas instituições educacionais brasileiras. Sua origem remonta às décadas de 1980 e 1990, quando militantes do Movimento Negro e intelectuais, majoritariamente negros e negras, começaram a ingressar como docentes em universidades em várias regiões do país. Esses agentes ampliaram os debates sobre as relações raciais no Brasil, num contexto marcado pela intensificação da mobilização das organizações negras, pelo acirramento da luta contra o racismo e pelo crescimento das reivindicações por políticas afirmativas.
Ao longo dos anos, esses núcleos se multiplicaram e se consolidaram como instâncias estratégicas para o desenvolvimento e implementação de políticas de ações afirmativas, tornando-se espaços fundamentais para promover igualdade racial e valorização das culturas afro-brasileira e indígena.
No âmbito do IF Baiano, a história do NEABI teve início em 2010, quando um grupo de servidores propôs a criação de um núcleo de assessoramento. No entanto, questões burocráticas e a ausência de tecnologias comunicacionais que facilitassem o intercâmbio entre os campi impediram sua viabilização naquele momento. Apesar disso, o NEABI foi registrado institucionalmente pela primeira vez em 2010 como grupo de pesquisa.
A formalização do NEABI no IF Baiano, com as características atuais, ocorreu em 2011, após a realização do I Seminário de Cultura Afro-Brasileira e Indígena, realizado no campus Itapetinga. Em 2012, o núcleo já fazia parte da Política da Diversidade e Inclusão do instituto. Finalmente, em 2015, o NEABI foi oficialmente regulamentado, assumindo um papel central na promoção de ações afirmativas relacionadas à temática étnico-racial e na implementação das seguintes leis:
Desde então, o NEABI do IF Baiano desempenha um papel fundamental no enfrentamento ao racismo, na promoção de uma educação inclusiva e equitativa e no fortalecimento das identidades afro-brasileiras e indígenas.