Durante o mês de agosto, os NEABIs (Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas) participam de um conjunto de atividades dedicadas ao fortalecimento das lutas dos povos originários, conhecido como Agosto Indígena . A iniciativa faz referência ao Dia Internacional dos Povos Indígenas do Mundo , celebrado em 09 de agosto , instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1994. O objetivo da data é chamar atenção para a importância dos povos indígenas em todo o planeta, destacando a necessidade de garantia de condições dignas de existência e a proteção de seus direitos fundamentais.
Infelizmente, ainda é necessário combater o racismo, desconstruir estereótipos anti-indígenas e enfrentar as violações de direitos que esses povos continuam sofrendo. Por isso, mais do que uma celebração, o Agosto Indígena reforça que, apesar do trágico processo colonial, das tentativas de tutela, dos silenciamentos e das visões equivocadas, os povos indígenas resistem e devem ser valorizados por sua cultura, saberes e contribuições.
No âmbito das instituições educacionais, uma importante ferramenta para a valorização dos povos indígenas é a Lei 11.645/08 (clique aqui ), que alterou a Lei 10.639/03 (clique aqui ). Essa legislação tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Indígena nos currículos escolares. Sua aplicação possibilita:
O Agosto Indígena é um momento de reflexão e mobilização que vai além das comemorações. Ele reafirma a importância dos povos originários no presente e no futuro do Brasil, promovendo a conscientização sobre suas lutas, resistências e direitos. Ao mesmo tempo, destaca o papel fundamental da educação como instrumento de transformação social, capaz de desconstruir preconceitos e promover o respeito à diversidade étnica e cultural.