Os currículos escolares brasileiros [quase] sempre foram construídos por discursos eurocêntricos, com protagonistas homens e, em sua maioria, brancos. Em 2003, a Lei n. 10.639/03 chegou para desafiar a sociedade a enxergar que essa forma de contar a história não contempla a maior parte da nossa população.
No episódio do Papo Ciência Especial desta semana, intitulado “Descolonização curricular”, as professoras Mariana Fernandes (IFBA) e Priscila Oliveira (IF Baiano) dialogam com a jornalista Wanda Chase sobre uma contra-colonialidade que também coloca no centro outras referências, a exemplo da população negra, indígena, quilombola e cigana. Elas conversam, ainda, sobre os desafios diários de práticas educativas antirracistas e comprometidas com as políticas afirmativas.
Mariana Fernandes dos Santos é doutora em Ensino, Filosofia e História das Ciências e docente do Instituto Federal da Bahia (IFBA). Ela desenvolve estudos em grupos de pesquisa e atua principalmente nos seguintes temas: política linguística, educação linguística, letramentos, interculturalidade, contra-colonialidades, gênero, educação das/para relações étnico-raciais e diversidade sexual. Mariana também integra várias associações, dentre elas a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) e é membro das comissões para implantação dos NEABIs no IFBA.
Priscila Oliveira é doutora em Ciência e Tecnologia de Polímeros pelo Instituto de Macromoléculas Professora Eloísa Mano, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IMA-UFRJ) e professora de Química no Instituto Federal Baiano (IF Baiano), Campus Teixeira de Freitas. Atualmente, Priscila cursa estágio pós-doutoral no Programa de Pós-graduação em Estado e Sociedade da Universidade Federal do Sul da Bahia e é coordenadora de pesquisa e do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) do Campus Teixeira de Freitas.
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