Não há dúvidas sobre a importância de assegurar por meio de lei a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo da Rede de Ensino. Mas e na prática? Como essa institucionalização acontece no cotidiano, fora do papel?

No Papo Ciência – Edição Especial | Episódio 11, os professores Carlos Ailton Silva, Helyom Telles e Leonardo Rangel, em entrevista à jornalista Wanda Chase, reconhecem o mérito e relevância da Lei 10.639/03, mas destacam que é preciso um trabalho multidisciplinar de práticas sociais, a fim de que mudanças sejam materializadas.

Os docentes dialogam sobre a necessidade de projetos de ensino, pesquisa e extensão que se dediquem à temática e levantam as principais dificuldades – entre elas, a resistência de parte dos(as) professores(as), sobretudo nas áreas distantes às ciências humanas.

Convidamos você a acompanhar esse rico bate-papo e entender como a institucionalização da Lei 10.639/03 precisa caminhar junto à intenção e naturalização de mudanças.

Carlos Ailton Silva é doutor em Ensino, Filosofia e História das Ciências e mestre em Estudos Étnicos e Africanos, ambos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). É professor do IF Baiano e possui experiência em Antropologia, com ênfase em Estudos Étnicos e Africanos.

Helyom Telles é pós-doutor pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), doutor em Ciências Sociais, mestre em Ensino de História e em Ciências Sociais pela UFBA. É docente do IF Baiano e tem experiência em Antropologia, com ênfase em temas como história e antropologia digital e etnografia digital.

Leonardo Rangel é pós-doutor pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e doutor e mestre em Educação pela UFBA. É professor do Instituto Federal da Bahia (IFBA) e membro dos grupos de pesquisa: Currículos cotidianos, redes educativas, imagens e sons (UERJ) e Transformação (IFBA).