Ao longo da história, presenciamos uma produção literária majoritariamente branca. Você já pensou que pessoas negras até são temas das narrativas, mas poucos são os(as) autores(as) das histórias? Quantos escritores(as) negros(as) você já leu?
O professor e escritor angolano João Canda abre caminhos para a reflexão sobre como, durante os séculos, o negro foi apagado do espaço literário e os porquês disso. A professora Fernanda Machado acrescenta fatores políticos, econômicos e ideológicos à discussão e o docente José Augusto Silva aponta camadas como uma possível ruptura no projeto de nação e nas culturas e tradições brasileiras, casos pessoas negras não fossem invisibilizadas.
O resultado desse encontro, mediado pela jornalista Wanda Chase, é o episodio 09 da edição especial do Papo Ciência, que tem como tema “Literatura, Língua Portuguesa e o Cumprimento da Lei n. 10.639/03”.
Na semana do Dia Internacional contra a Discriminação Racial e em que, pela primeira vez, comemoramos o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, convidamos você a uma conversa sobre temas como epistemicídio e neutralização da presença do negro.
João Canda é professor, escritor, palestrante, produtor cultural e contador de histórias africanas. Primeiro africano membro da União Brasileira de Escritores, Academia de Letras e Artes de Fortaleza e da Associação Internacional de Escritores e Artistas. Atualmente, coordena a editora Literáfrica.
Fernanda da Silva Machado é doutora em Língua e Cultura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e docente do IF Baiano, Campus Alagoinhas. Ela tem experiência nas áreas de Estudos Discursivos e Argumentativos, História da Cultura Escrita e Dialectologia.
Jorge Augusto de Jesus Silva é doutor em Literatura e Cultura pela UFBA, mestre em Estudos de Linguagem pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e docente do IF Baiano. Ele compõe a coordenação do grupo de pesquisa Rasura-UFBA e PERIFA/IF Baiano e faz parte da coordenação do Neabi/ITB.