Fonte: Notícias SECTI
Equipamentos almejam auxiliar na higienização, promovendo segurança durante a retomada das atividades após o isolamento social
Um grupo de pesquisadores de robótica na Bahia se uniu para desenvolver uma câmara de higienização automatizada a partir da plataforma Arduino, um sistema de prototipagem eletrônica, para contribuir no esforço conjunto ao combate da Covid-19 e ajudar as instituições a garantir mais segurança no momento que tiverem que retornar às atividades. Os equipamentos consistem em câmaras inteligentes que serão acionadas por sensores de presença no intuito de contribuir com a qualidade da higienização de mãos e luvas em uso, além de contar com sinalizadores sonoros que indicarão quando a higienização for realizada por completo.
Saulo Capim é professor do Instituto Federal Baiano de Catu (IF Baiano) e está à frente do projeto, junto ao seu grupo de pesquisa composto por Jacson de Jesus, Jeferson Rosário, Daniel Silva, Zelmiro Oliveira, Alisson Santos, Georgenes Júnior, Rose Helen e Laira Santos. Ele explica como a tecnologia pode ser útil. “Elas podem ser instaladas em locais como um corredor de hospital, onde os profissionais antes de entrar em cada sala poderão passar suas mãos na câmara e evitar que elas possam ser um vetor de contaminação viral. Já nas escolas, no momento de volta às aulas, as normas sanitárias devem ser rígidas para que a contaminação não aumente, então, uma alternativa seria a instalação de uma unidade das câmaras nos corredores para que a higienização também seja efetiva”, destacou.
Outro fator importante para o trabalho, segundo o pesquisador, é o fato de atender uma região muito pobre em recursos tecnológicos e poder agregar alunos como parte do projeto de pesquisa, que, além de auxiliar no trabalho, irão desenvolver suas formações. “Estamos criando este produto que é desenvolvido com uma linguagem que não requer um alto grau de especialidade para o seu entendimento e execução, ou seja, buscamos facilitar para que possa ser reproduzido com mais praticidade”, declarou Saulo, ao reiterar que a iniciativa almeja ser um recurso adicional na ciência brasileira e, sobretudo, baiana, contribuindo no combate à Covid-19 e promovendo a qualidade de vida dos cidadãos baianos.
Atualmente, o projeto está em fase de planejamento e apropriação da linguagem de trabalho dentro da abordagem Arduíno e Eletrônica, necessária para o desenvolvimento das câmaras. Recentemente, a pesquisa foi contemplada no edital do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), voltado para soluções relacionadas ao combate do Coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19. “No fim do projeto, as câmaras desenvolvidas serão doadas para os hospitais do interior da Bahia e para cada um dos 14 campus do IF Baiano. As ferramentas usadas ao longo do processo ficarão no campus do município de Catu, onde poderá dar origem a um futuro laboratório, no qual o grupo e a comunidade terão a chance de continuar desenvolvendo pesquisa e inovação”, concluiu.
Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam, no dia 8 de julho, o Bahia Faz Ciência, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias serão divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estarão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br